Elton Moraes conta detalhes da nova edição de “Fênix: A morte não é o fim de tudo”

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O livro “Fênix: A morte não é o fim de tudo”, do escritor Elton Moraes, percorreu uma longa jornada desde sua primeira versão, publicada no Wattpad.
 

Contando a história de um grupo de amigos que, após um pacto de sangue, começa a lidar com situações estranhas e muitos mistérios, “Fênix” ganha este ano uma nova edição, tanto impressa quanto digital. Para entender mais sobre a nova fase da obra, conversamos com o escritor:
Como surgiu a ideia de “Fênix: A morte não é o fim de tudo”?
 

“Fênix” surgiu em 2012 como uma brincadeira. Na época, eu estava cursando o terceiro ano do ensino médio e comentei com umas amigas que queria escrever algo como “Premonição”, mas também sobre fênix. Entre conversas, ideias, desenhos e muitas risadas, tive a ideia primordial para o que viria a ser um romance fantástico contemporâneo. “A morte não é o fim de tudo” foi a frase que encerrei um post no meu falecido blog. Uma das meninas adorou e adotei como subtítulo.

 
 
 

“Fênix” foi o seu primeiro livro com personagens LGBTQIA+. Qual considera a importância de dar diversidade às histórias?
 

É bom quando você se reconhece numa história ou num personagem, não é mesmo? Eu mesmo, sendo uma pessoa LGBTQIA+, via a necessidade de trazer personagens diversos que pudessem fazer com que outras pessoas se sentissem representadas. Acho extremamente importante dar espaço a diferentes vozes e usar o privilégio que eu tenho para isso. Nem sempre a gente acerta de primeira, mas é preciso tentar tanto para você entender as diferentes vivências quanto para levar suas histórias aos mais variados tipos de pessoas, e até mostrar para quem não faz parte da sigla que, de certa perspectiva, somos todos iguais: amamos, somos amados, temos nossos dramas e, principalmente, alegrias.

 

O livro foi publicado no Wattpad em 2013/2014, depois na Amazon, e recentemente ganhou uma nova edição, tanto digital quanto impressa. O que esses anos agregaram à Fênix?
 

Agregou em cenas mais detalhadas, melhor descritas e uma atenção maior na revisão. Mas vai além disso. Na época em que comecei a escrever esse livro eu estava com 16/17 anos e fui até pouco depois dos 18. Por mais que a gente tenha conhecimento sobre algumas coisas, é inevitável que sejamos ignorantes e imprudentes em algumas situações. Foi o que aconteceu, sem me dar conta de que estava romantizando uma situação complicada. Nesses anos, saindo cada vez mais da minha bolha, percebi que precisava atualizar essa narrativa. A questão problemática permanece, mas ganhando o peso certo com as consequências próximas à realidade. Assim espero, pelo menos. A ideia de manter algo como assédio é um exemplo de “você não tem mais nada o que perder além de si mesmo” e mostrar como perder o controle sobre aquilo que é de posse individual, o nosso próprio corpo, pode nos destruir.

 

O livro apresenta mistério e surpresas. Como foi o processo de escrita dele? Possui alguma peculiaridade em seu processo criativo?
 

Sinceramente, não sei se existe uma peculiaridade no meu processo. Com esse livro, em específico, eu sentava e escrevia, sem enredo nem nada. Acreditava que ia ter uns vinte capítulos e acabou tendo cinquenta haha O que mais difere dos meus outros trabalhos é, por ter sido escrito para o Wattpad, além de capítulos curtos e rápidos, a narrativa por quatro personagens me permitia finalizar sempre com um acontecimento impactante ou que deixasse uma curiosidade. Como um cliffhanger para ser desenvolvido no capítulo seguinte (ou em outros mais para frente).

 

No geral, meu processo se dá em anotar e organizar ideias, montar um esqueleto do enredo com uma média de capítulos, sentar e escrever.

 
 
 

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