Thiago Lee conta detalhes sobre a fantasia urbana “A Maldição do Carneiro de Ouro”

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O escritor Thiago Lee percorre Sergipe explorando lendas urbanas na fantasia “A Maldição do Carneiro de Ouro”.

 

Na obra, Bia além de estar preocupada com as brigas dos pais em casa e com a dificuldade em passar de ano, ainda é atormentada por criaturas sobrenaturais. Ela sequer faz ideia de com o que está envolvida quando conhece Caiena, uma aprendiz de catalendas que se compromete a ajudar a amiga a enfrentar uma maldição e seres assustadores. E para tal, ela se une a Douglas, amigo de infância de Bia, para descobrir a origem do agouro que atormenta a vida da garota antes que seja tarde demais.

 

Para conhecer mais sobre a história, conversamos com Thiago Lee que, entre revelações sobre inspirações e processo criativo, contou ainda se há planos para uma continuação.

 

 

Como surgiu a ideia de  “A Maldição do Carneiro de Ouro”? Como você definiria a história?

 

– A ideia de escrever o livro surgiu de uma conversa com minha irmã mais nova, que estava chateada de não poder ler meus livros, que costumam ser voltados para um público mais velho. Eu já queria há bastante tempo escrever alguma história ambientada em Aracaju, a cidade onde nasci e fui criado, e colocar no papel um pouco da cultura de Sergipe, um estado tão pequeno e esquecido. A história é uma fantasia jovem com elementos regionalistas, e os elementos fantásticos são inspirados em tradições e contos de Sergipe e do Brasil como um todo.

 

 
A história explora elementos do folclore nacional, ao mesmo passo que percorre parte do país, mais precisamente o estado de Sergipe. Como foi utilizar tanto ambientação quanto peças tão brasileiras na narrativa?

 

– Eu tentei trazer para o livro elementos que me fossem familiares, coisas que vivenciei na infância e adolescência. Então as criaturas fantásticas, as simpatias, superstições e rezas, entre outros elementos, fizeram parte da minha infância de alguma forma, além de contar um bom trabalho de pesquisa e leitura crítica de um folclorista experiente para me ajudar na construção dos personagens, sempre respeitando ao máximo a origem desses elementos tradicionais.

 

 
Além do folclore nacional, quais outras influências para a criação da história você destaca?

 

– Eu me inspirei bastante em literatura para jovens, como A Ilha do Tesouro (Robert Louis Stevenson), a saga Percy Jackson (Rick Riordan), para falar dos internacionais, e em vários autores nacionais de literatura jovem também, como Marcos Rey e Jim Anotsu. Falando de ficção fantástica com elementos regionais, algumas das minhas inspirações são Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, Joaquim Manuel de Macedo e Gabriel García Márquez.
 

 

Conte um pouco sobre o seu processo criativo.

 

– Quando eu tenho uma ideia nova, eu costumo ir anotando num caderninho alguns pontos centrais, como algum personagem interessante ou ideia de narrativa. Assim que tenho elementos suficientes, tento escrever algumas cenas baseadas nessas ideias, para testar a personalidade dos personagens, ver se faz sentido o que estou me propondo a criar. Normalmente esses primeiros escritos eu acabo jogando fora depois. Quando eu tenho algo um pouco mais consolidado, que significa ter pelo menos uns três personagens, um conflito central e uma ambientação, eu começo a escrever, sem muito planejamento, e vejo onde os personagens me levam. Se o caminho parecer promissor, eu passo tudo pro computador e começo a escrever de fato, esquematizando o esqueleto geral do livro, mas sem muito rigor, pois os personagens sempre me levam para lugares que eu não havia imaginado antes (o que na minha percepção é ótimo, pois um personagem vivo é o que dá alma à história).
 

 

O livro é edição única ou contará com continuação?

 

– O livro tem um final fechado e não há planos imediatos para continuação, mas nada impede que isso aconteça, se houver interesse o bastante.
 


 

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