Roberto Fideli apresenta o conto de ficção científica “A Bicicleta”

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Bruno ganha uma bicicleta em seu décimo segundo aniversário. Não daquelas de criança, com rodinhas, mas uma bicicleta de adulto! O mundo então se abre para ele com promessas de novas aventuras. Contudo, ao sofrer um acidente, ele passa a ter visões misteriosas no caminho para o hospital, que envolvem naves espacias, pessoas desconhecidas e outros mundos. 

 

Essa é a premissa de A Bicicleta, conto de Roberto Fideli, publicado pelo selo da Agência Magh. Segundo Fideli, o conto teve seu primeiro rascunho escrito em 2011 e desde então permaneceu engavetado até o final de 2018, quando se propôs a escrever ficções curtas para publicação. “De certo modo, é meu primeiro texto, ou pelo menos o primeiro que foi escrito com o intuito de ser publicado. Desde então ele virou uma espécie de âncora para mim, aquela história que nunca terminava de ser escrita, sempre pairando como um lembrete de que nem sempre eu consigo terminar o que me proponho. Resgatei a Bicicleta do fundo do porão da minha mente e do baú dos arquivos de histórias incompletas“, contou ao Mais QI Nerds. 

 

Desde o primeiro rascunho, a ideia do autor era escrever uma história de ficção científica com um viés mais espiritual. “Entendemos a ficção científica como um gênero literário que lida muito com questões materiais, então eu quis fazer uma coisa diferente, usando os signos dos quais eu tanto gosto: as naves espaciais, os alienígenas, os conflitos interplanetários, como dita o manual de space opera que sempre foi um dos meus subgêneros favoritos. Eu queria algo diferente, algo que, de certa forma, até se comunica mais com nosso contexto brasileiro no que diz respeito à nossa relação com os temas do espírito. Minha família sempre foi espírita e meus pais são budistas, então eu quis trazer esses conceitos para uma obra que também tem naves espaciais e conflitos interplanetários. Espero ter sido bem sucedido”, revelou. 

 

Mudanças, medo da morte e o ódio entre povos que perpetua diversas gerações são alguns dos elementos presentes no conto. Fideli explicou qual considera a maior mensagem da narrativa. “No grande esquema do universo, penso que não importa qual a sua cor, ou a sua ideologia ou suas preferências políticas ou sua própria história; vida é algo em constante movimento, o universo em que nós vivemos é algo em constante movimento, e esse é um dos conceitos fundamentais do budismo, o da impermanência. Nada dura para sempre, nem o ódio. No geral, acho que a maior mensagem de A Bicicleta é que às vezes é necessário passar por um evento traumático, terrível, e profundamente doloroso para colocar a vida em movimento e trazer mudanças. Com um pouco de sorte e muito esforço, essas mudanças nos permitirão alcançar uma vida melhor.” 

 


 

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