Ninho do Medo é um conto de terror urbano, que se passa em um dos bairros mais tradicionais da cidade de São Paulo. Escrito por Dana Guedes (“Homérica Pirataria”), a história apresenta as amigas Elisa e Margô, que ao se mudarem para o que parecia ser o apartamento perfeito começam a serem atormentadas por terríveis pesadelos e uma sinistra realidade que se esconde por detrás das paredes.
“Nessa história, eu quis passar um ar de familiaridade para qualquer pessoa acostumada a morar em cidade grande, que sabe como é difícil arrumar um lugar para morar, por um valor que caiba no bolso de quem é jovem e não ganha muito. Eu acho que nós, brasileiros, estamos acostumados a importar uma ideia de terror que vem dos filmes americanos, de que a casa assombrada é sempre uma mansão no meio do nada, com um bosque gigante ao redor. Ou um hotel nas montanhas ou um hospital abandonado em uma cidade sinistra. Tudo isso parece super distante. A minha ideia de terror é que o terror pode acontecer a qualquer lugar. O seu apartamento de 30m² pode ser assombrado, pode acontecer mesmo de dia, com milhares de vizinhos por perto. É assim que são a maioria das histórias assustadoras, que a gente escuta no boca-a-boca, aquelas lendas urbanas que aparecem em todos os bairros, em todas as cidades. E esse é o tipo de terror que eu procuro escrever, algo próximo da nossa realidade, tangível, que poderia acontecer com qualquer um, comigo, com você. “, contou Dana ao Mais QI Nerds.
A autora afirma que suas inspirações vêm de diversas coisas, inclusive suas próprias vivências com o sobrenatural. “Eu me inspiro em diversas coisas, inclusive nas coisas que mais tenho medo (risos). Mas sempre vivi em apartamento, então barulhos bizarros e sem explicação é algo com que eu sempre convivi, muitos atributos de “Ninho do Medo” vieram disso”, disse.
Sobre o processo criativo, Dana disse aproveitar os escassos tempos livre para escrever. “Por isso, transformei o tempo que eu gasto no transporte público, indo e voltando do trabalho convencional, em tempo de escrever. Desenvolvi o hábito de escrever as minhas histórias em um caderno na mão, porque sinto que minha imaginação flui melhor dessa forma, e depois de pronto, passo tudo para o computador e edito/reescrevo o que for necessário”, revelou.
Ninho do Medo:
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