Romance e viagens no tempo: Nicolás Irurzun apresenta seu novo livro “Janete”

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Será se as coisas tem o tempo certo de acontecer? Janete acredita que não teria olhado para a cara do marido Silas se tivessem se conhecido quando mais jovens, de tão diferentes que são. Já Silas quer provar que ela está errada. Como? Voltando trinta anos no tempo e tentando (re)conquistar o amor da sua vida.
 

Publicado pela Editora Pandorga, o livro de Nicolás Irurzun traz um casal de protagonistas na terceira idade em um divertido romance através dos tempos, utilizando elementos de fantasia.
 

Para conhecer mais sobre a obra, o autor nos cedeu uma entrevista, onde revela a inspiração para o livro e ainda se acredita nesse “tempo certo” das coisas acontecerem.
 

– Como surgiu a ideia de Janete? Como definiria o livro?
 

Surgiu após uma conversa com minha namorada, sobre nossas infâncias. Chegamos a uma conclusão: jamais teríamos sido amigos! Éramos diferentes demais. Imaginei como seria eu voltar no tempo, sabendo tudo o que sei, e tentar conquistá-la naquela época. Tenho sérias dúvidas se teria sucesso… A partir dessa premissa, construí a história de Janete e Silas.
 

O livro pode ser definido como uma novela fantástica sobre aproveitar a vida no tempo presente.

 


– Como foi a escolha de optar por personagens na terceira idade, algo não tão comum a livros do gênero?
 

Sempre penso primeiro na história e, a partir dela, crio personagens que se encaixem. Fiquei na dúvida sobre qual devia ser a faixa etária de Janete e Silas na primeira fase da história, mas por fim decidi que ficaria mais rica com ambos na terceira idade. Pela resposta que tenho recebido de quem leu, creio que acertei. As pessoas gostam de ler coisas diferentes de vez em quando.
 

– Com personagens maduros, o livro pode atrair leitores mais jovens?
 

Claro! É importante para todo leitor sair da zona de conforto, descobrir histórias diferentes. “Janete” traz uma história divertida e que nos faz refletir sobre as escolhas. Tem agradado tanto leitores mais jovens quanto aqueles com mais idade. 
 


 

– Você acredita que existe a famosa “hora certa” para as coisas acontecerem na vida?
 

Acredito, sim! Mas não é algo aleatório, a gente deve se preparar para criar a “hora certa”. Se a pessoa ficar sentada esperando, não chega nunca.
 

– Como foi seu início no mundo da escrita?
 

Escrevia contos para o site Recanto das Letras que, embora possuíssem início, meio e fim, eram todos interligados. A partir deles surgiu meu primeiro livro, Ardósia. Não é dos melhores, embora tenha trechos que gosto muito. Entretanto, com ele fui diagnosticando onde melhorar, como criar uma narrativa mais longa. Independente disso, sempre li muito, o que é importante para quem deseja escrever. Pode parecer óbvio, mas tem escritor que não gosta tanto de ler…
 

– Como é o seu processo criativo? 
 

Um tanto caótico, sem muita regra. Eu me organizo para sentar e escrever uma ou duas vezes por semana. Nesse meio tempo, estou quase sempre pensando no desenrolar da história, no desenvolvimento de personagens. Quando menos espero, uma cena do cotidiano pode despertar a solução que buscava. Pode parecer estranho, mas algo que funciona para mim é pensar na narrativa durante as aulas de natação. A cabeça está livre de situações que desviam a atenção e consigo focar na criação.


#Livros   ; ; ;


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