Crítica: Death metal e opressão social em Aggretsuko

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Como valvúla de escape do estresse diário algumas pessoas desenham, outras meditam e tem ainda algumas que escrevem. Mas a fofa panda vermelha Retsuko tem uma forma diferente de lidar com tudo que ocorre, ela vai no Karaokê e encontra no death metal o alívio que precisa. É nesse momento que ela se torna “Aggressive Retsuko”, ou Aggretsuko.

 

 

 

A protagonista tem 25 anos e trabalha em um escritório de contabilidade, onde a pressão por resultados e os abusos dos superiores, mesmo após 5 anos no posto, não acabam. Por fora, Retsuko assume sempre uma postura doce e tenta atender a tudo que é esperado dela.  Os  principais vilões da história são o machismo e o assédio moral no trabalho por ter de se subordinar a um chefe sexista que diáriamente lhe impõe agressões, a desmoralizando e tendo atitudes como impor a ela tarefas que em suas palavras “são de mulheres”.

 

Em meio a situações engraçadas, o anime discorre sobre diversas situações de abuso que a personagem acaba passando. Toda a agressidade liberada por Retsuko em seu momento mais libertador – atrás de um microfone – é reprimida a todo momento em sua vida em tentativas de corresponder ao que é socialmente esperado e aceito – como querer um marido ou não ir contra nenhuma ordem de seus superiores por mais absurda que seja.

 

No primeiro caso, o anime desenvolve um relacionamento entre Retsuko e um colega de trabalho, e dele temos ainda diversos questionamentos sobre a função do amor na vida das pessoas e a construção de relacionamentos sadios.

 

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Aggretsuko é uma personagem da Sanrio, a mesma empresa responsável pela Hello Kitty.  Ela já tinha ganhado uma série em 2016 com episódios de apenas um minuto. O novo anime, lançado pela Netflix, conta com 10 episódios, com 15 min cada.

 

Vídeo do anime antigo

 

 


#Desenhos   ; ;


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