Hilton P. Rocha conta tudo sobre sua HQ “Além – Casa de Loucos”

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Primeiro quadrinho solo do artista Hilton P. Rocha, a história de “Além – Casa de Loucos” é descrita pelo autor como um cara vivendo em um conto de terror. Inspirado por histórias que ouviu envolvendo fantasmas e assombrações, o autor produziu “Além” inicialmente para a coletânea InKuadrinhos (Estúdio Black Ink) e por conta do sucesso a HQ conseguiu publicação própria.

 

Segundo o autor comentou em entrevista exclusiva, ainda este ano, os leitores terão novidades sobre “Além”, e ainda sobre outros projetos que estão a caminho.  Para entender mais sobre a criação da HQ e o que o futuro aguarda para o quadrinhista, confira a entrevista:

 

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Como foi seu início no quadrinho?

 

Meu inicio no quadrinho foi a muito tempo, ainda criança. Quando eu tinha 4 e 5 anos de idade, meus pais já compravam quadrinhos sempre que passavam em uma banca de jornal e tinham dinheiro. Com o passar do tempo, fui muito influenciado pelos animes que passavam na tv, como Cavaleiros do Zodiaco, yu yu Hakusho, Shurato e entre outros. Cresci lendo quadrinhos ocidentais e orientais com a chegada de títulos mais diversificados no Brasil. Desde meus 14 anos já produzia fanzines com histórias as vezes originais, as vezes baseadas em obras de autores que admirava. Depois de participar da revista Inkuadrinhos, resolvi lançar um titulo solo.

 

Conte um pouco sobre a história de “Além”

 

Além começou meio que sem querer, eu tinha que produzir uma historia para ser lançada na revista Inkuadrinhos do Estudio Black ink, onde seriam várias historias de diferentes autores. Tinha planos para uma história de espionagem, mas devido ao pouco tempo que tinha, não tive como pesquisar direito. Historias de terror, contos de lendas meio macabras e contos populares sempre me interessaram muito. Sempre gostei do tema vida após a morte, almas e espíritos, então, decidi fazer uma pequena historia onde um cara ia até uma casa e lá vivia um “conto de terror”. Criei um plano de fundo que contei apenas uma pequena parte, como tive um retorno muito positivo de quem leu, achei que seria bacana continuar a historia.

 

Eu li que o pano de fundo foi inspirado em um manicômio que realmente existiu em Belo Horizonte. Como isso foi definido e quais outras inspirações você teve para a criação da história?

 

As inspirações que tive para criar a historias foram as diversas lendas e contos de assombração que ouvi minha vida inteira. Viajava muito com minha família para o interior onde historias de assombração são conversas comuns, então juntei essas historias com elementos de fantasia que sempre gostei e saiu Além. Como sou de Minas, fazer aqui como plano de fundo era mais que obrigatório. Usar elementos reais para tornar a investigação presente na historia mais crível veio muito a calhar, mas os elementos de fantasia estão sempre tapando o buraco que aparece. Exemplo disso é que o manicômio real, que se situa em Barbacena, não aparece. Fiz um prédio irmão nos arredores de Itabira que compartilha do mesmo passado triste do verdadeiro, então pude criar coisas novas sem ter compromisso com os fatos acontecidos.

 

A história começou na coletânea Inkuadrinhos, tendo continuidade em edição própria. Há previsão de lançamento da próxima edição? O encerramento da história será realizado nesta edição?

 

Sim, a próxima Além será lançada até o fim do ano. Roteiro já escrito, só o nome que ainda não esta decidido. A historia irá se encerrar então o volume de paginas será bem maior. Isso aliás foi uma critica da Além-Casa de Loucos, muitos reclamaram de poucas paginas, mas estava tão corrido que não tive como lançar tudo de uma vez que era meu plano inicial.

 

Após a conclusão de “Além”, quais os futuros projetos?

 

Sim, tenho vários outros projetos já escritos, dois deles são terror já fechados. Um que estou planejando por ano que vem será fantasia/aventura. Gosto da temática sobrenatural, e gostei muito de pessoas que falaram bem da sensação de “contos de terror de vó” hehehehe, era isso que eu queria passar pra quem lesse, o mesmo sentimento que eu sentia quando ouvia esse tipo de conto.

 

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#Quadrinhos   ; ; ; ;


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