Quando uma grande estrela do cinema quer contar sua história, você para e a escuta. É assim que começa a inesperada jornada de uma jornalista iniciante, Monique Grant, desvendando a vida da lendária estrela de Hollywood Evelyn Hugo.
O livro “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, de Taylor Jenkins Reid, e com tradução de Alexandre Boide, guia o leitor à verdadeira história da protagonista através de seus relacionamentos amorosos. Mas, ao contrário do que possa parecer, desvendar a história de Evelyn Hugo apresenta muitas mais camadas.
A trajetória de tão carismática personagem cativa quando, sem nem ao menos entender como, e assim como vários que passaram pela vida da atriz, nos vemos hipnotizados por Evelyn Hugo. O desejo de saber mais sobre tão misteriosa figura, a curiosidade pelo que virá a seguir, impulsiona a leitura, auxiliada por esses arcos definidos pelos maridos que teve, e ainda os desdobramentos de um grande amor.
O início da carreira, os amores, os escândalos, derrotas e glórias da atriz são revelados pela própria e única, ao passo que ocorre as entrevistas, abertamente e sem rodeios. Agora, prestes a completar 80 anos, Evelyn discorre sobre encargos de ser mulher em um mercado tecido por aparências, sexualidade, sobre o preço da fama e o que precisou fazer para conseguir o que queria com a naturalidade de quem não se atormenta em olhar para trás, apesar de tudo.
Ao mesmo passo, a vida da jornalista também é apresentada destacando o delicado momento pelo qual está passando. Os questionamentos por trás da escolha dela para a importante posição de biógrafa da atriz, sendo uma jornalista sem grande nome, inicia um mistério que passeia boa parte da história. Apesar de em muitos momentos essa questão acabar perdida entre os relatos de Hugo, ela toma força nas partes finais da obra.
“Os Sete Maridos de Evelyn Hugo” acerta ao trabalhar personagens cativantes em uma história que pode até não ganhar em originalidade, mas surpreende.
#Livro
Alexandre Boide; Editora Paralela; Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
