Resenha: O encanto de “A Botija do Fantasma”

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Encanto. Não há palavra melhor para descrever o arrebatamento ao qual a escrita de Pablo Praxedes leva o leitor. Em A Poção do Amor, seu trabalho de estreia, o escritor norte-rio-grandense introduz o universo fantástico de “As Bruxas do Meu Quintal” e apresenta entre seus carismáticos protagonistas, a bruxa Salete.
 

Já em A Botija do Fantasma, Pablo volta no tempo e potencializa o que pudemos conferir na primeira história colocando a agora jovem Salete em meio a uma aventura envolvendo fantasmas, autoconhecimento e amor. 
 

A narrativa se passa no final da década de 1920 na cidade de Mossoró, época em que as pessoas temem pelo retorno de Lampião. Já o jovem Luiz tem medo mesmo é de que Chico, seu melhor amigo e a pessoa ao qual nutre sentimentos românticos, não dê o braço a torcer em ir recomeçar a vida juntos, longe daquele lugar. 
 

Luiz, Chico e Salete têm seus destinos cruzados por conta de um fantasma e entre inseguranças e uma vibrante energia juvenil vêem que lidar com sentimentos e o mítico pode ser igualmente surpreendente e fascinante.
 

A narração usa novamente de um tom de oralidade, daquele tipo de história passada de boca em boca, utilizando de um interlocutor carismático que ao final se torna ao mesmo passo um personagem e um observador.
 

Outro destaque é que a narrativa aparece como bom exemplo de como o uso de um cenário pensado pode engrandecer uma história. As referências e situações próprias de local e tempo se fazem presentes de forma orgânica e influenciam de forma clara a personalidade e atitude dos personagens. Com isso ainda, fica evidente as qualidades de escrita de Pablo e aumenta as expectativas pelas próximas histórias da série.
 


 


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