Criado por Francylene Silva - 17 de maio de 2021 às 18:41
Você carrega pontos de exaustão, a batalha está quase perdida, os pontos de vida do inimigo parecem eternos, mas num acerto crítico natural você acaba encontrando o amor. Todas essas expressões podem ser um tanto confusas, exceto se você é ou já foi um jogador de RPG.
Para quem não sabe do que estamos falando – que não é sobre um método de fisioterapia – RPG, ou Role-playing game, trata-se de um tipo de jogo colaborativo onde jogadores interpretam personagens e vão criando narrativas.
O quadrinho Roleplay, de Marcus Leopoldino e Guilherme de Sousa, apresenta uma comédia romântica onde o RPG aparece não apenas como cenário de parte da narrativa, como ainda um dos protagonistas dela.
Na trama, Artur é um quadrinista que luta para manter as contas em dia. Já Monique, em busca de estrelar uma peça, acaba passando por muita coisa em busca do patrocínio que precisa. Quando ficam presos juntos, em um elevador quebrado, encontram no RPG a forma de passar o tempo até a aguardada ajuda chegar. Mas o que começa como uma maneira de se acalmar, acaba servindo de elo para os dois.
Pode parecer um tanto difícil de compreender para quem nunca rolou um d20 (dado de 20 lados) esperando para que o ataque dê certo, mas o ponto principal – que os autores lidam com maestria – é o caráter modificador que imergir em narrativas criadas de forma conjunta por mentes explorando o máximo de suas criatividades pode ter.
Além de prestar uma declarada homenagem aos jogadores de RPG, a HQ, mostrando aspectos da trajetória de Arthur em sua carreira de quadrinista, desenvolve uma reflexão sobre as dificuldades de seguir o caminho de uma carreira não convencional. Não tendo como se sustentar somente de quadrinhos, o jovem tem de dividir seu trabalho com a nona arte com um trabalho de escritório, o que acaba consumindo boa parte de seu tempo e energia.
Assim como uma perfeita party – ou grupo de aventureiros – o roteiro, repleto de humor em contemplação de aspectos corriqueiros da vida, de Marcus Leopoldino, e a arte expressiva auxiliada de cores vibrantes de Guilherme de Sousa, se complementam de forma impecável. Uma graphic novel divertida sobre narrativas que criamos e que nos constroem.
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