“Boop-boop-a-doop”: Betty Boop completa 90 anos

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A icônica personagem Betty Boop, completa em 2020,  90 anos. Sua primeira aparição foi dia 9 de agosto de 1930, no curta Dizzy Dishes, seu personagem espelhava-se nas divas desta década, ao som de muito jazz.
 

Primeira aparição de Betty Boop

 

Dizzy Dishes é um desenho animado criado por Max e Dave FleischerFleischer Studios em 1930, como parte da série Talkartoon e distribuída pelo estúdio Paramount Pictures. Na animação Betty Boop é uma animadora de um restaurante para cachorros – uma mistura de poodle com humana.
 

Betty em “Any Rags” de 1932

 

Betty era apenas uma personagem secundária ao lado do protagonista, o cachorro Bimbo. Por sua sensualidade e seu fascínio imanente, ela transcendeu a fama do cãozinho e se transformou na heroína da história, acompanhada muitas vezes deste bichinho, que se tornou seu amigo.
 

A personagem foi redesenhada como uma personagem humana, em 1932, no desenho Any Rags. Suas orelhas moles de poodle se tornaram brincos de argola, e seu nariz preto canino passou a ser nariz humano.
 

Seus criadores a idealizaram como uma mulher independente e tentadora, com suas pernas desnudas, sempre revelando uma cinta-liga, seus decotes atraentes, os lábios formando um biquinho convidativo, os olhos transpirando ao mesmo tempo malícia e inocência. Betty Boop tornou-se assim a primeira pin-up.
 

Atriz Clara Bow

 

A atriz Clara Bow é vista como o modelo para a personagem. Mas Betty Boop ficou famosa mesmo em 1932, quando interpretou Boop-Oop-a Doop-Girl, inspirada até então em Helen Kane – uma cantora muito famosa na época.
 

Na verdade, descobriu-se que a verdadeira inspiração para o surgimento de Betty Boop foi Esther Jones, de nome artístico “Baby Esther”, uma cantora e artista afro-americana do final da década de 1920. Conhecida por seu estilo “ingênuo”, Jones se apresentava regularmente no Cotton Club, no Harlem. Em 1928, Helen Kane assistiu a uma apresentação de Baby Esther no cabaré e se apropriou de seu peculiar estilo de cantar, apenas mudando as palavras interpoladas “boo-boo-boo” e “doo-doo-doo” para “boop-boop-a-doop” em uma gravação de “I Wanna Be Loved By You”. Porém, Kane nunca admitiu esse fato publicamente.
 

Baby Esther a verdadeira inspiração para Betty Boop e Helen Kane

 

Betty Boop apareceu como um personagem coadjuvante em diversos desenhos animados como uma garota flapper – apenas uma garota toda arrumada trajando minissaia. Há pelo menos 12 curtas da série Screen Songs com Betty Boop ou uma personagem similar.
 

Ela apareceu no primeiro desenho animado “color classic” Poor Cinderela (imagem ao lado), sua única aparição colorida nos cinemas em 1934, onde foi retratada com cabelo vermelho ao contrário de seu tradicional cabelo preto.
 

Em 1988, Betty apareceu após uma ausência de 50 anos com uma participação especial no filme vencedor do Oscar “Who Framed Roger Rabbit” (Uma Cilada para Roger Rabbit).
 

Betty Boop no filme “Who Framed Roger Rabbit”

 

Em 1993, os produtores Steven Paul Leiva começaram a produzir um novo longa-metragem de Betty Boop para The Zanuck Company e Metro-Goldwyn-Mayer. O roteiro de Rees detalha a ascensão de Betty em Hollywood, na Era de Ouro. Era para ser um musical com música e letras do jazzman Bennie Wallace. Wallace havia completado várias canções e setenta e cinco por cento do filme tinha sido encenado quando, duas semanas antes da gravação de voz começar com Bernadette Peters como Betty, o chefe da MGM, Alan Ladd, Jr., foi substituído por Frank Mancuso, e o projeto foi abandonado. Em 2014 foi anunciado que Simon Cowell – jurado do American Idol e The X Factor, iria produzir o longa da Betty Boop, porém, nada mais foi falado desde então.
 

Betty Boop entrou para a história, participando de mais de 100 animações. Entre eles, “Betty Boop for President” (1932), “Bambo Isle” (1932) e “Riding the Rails” (1938), que conquistou um Oscar.
 

Fonte: Wilkipédia / Conexão Mista


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