Explosões e puro humor em “Agente Sommos: Hora, hora, hora, Sommos!”

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O mais atrapalhado e incosequente agente da M.E.N.A.S. (Movimento Espionário Nacional Altamente Secreto) está de volta em “Hora, hora, hora, Sommos!”. E dessa vez, para resolver o misterioso caso de explosões por todo o país bem do jeito habitual dele, com muita confusão.
 

O quadrinho, que não poupa referências, seja à grandes figuras do passado, seja por menções a marcos da cultura pop, utiliza da nostalgia para brincar com elementos que até hoje permeiam a mente dos brasileiros. Pois, apesar das claras influências dos filmes de espiões setentistas estrangeiros, e referências a obras de fora, a HQ possui uma brasilidade sacana em seu humor, levando ao extremo trejeitos e cultura.
 

A arte de Flávio Luiz  ( “Aú, o Capoeirista”, “O Cabra”), que se aproveita dos pequenos detalhes para surpreender – e claro, fazer rir – se alia ao roteiro imprevisível repleto de situações mirabolantes e piadas infames – que utiliza até do diálogo entre narrador e editor, em notas para divertir – em um quadrinho de puro humor.
 

A história, que possui flashbacks com parte do passado de Sommos, desperta o interesse tanto de o leitor continuar acompanhando o agente em suas missões, como de descobrir como o fanfarrão acabou virando agente e ainda tudo que ele aprontou antes disso.
 

Um dos pontos altos do quadrinho é a presença de novos agentes da M.E.N.A.S e da M.E.R.M.O. (Maracuitaias Espionistas Revoltantes Mortalmente Orquestradas), que trata-se de leitores do primeiro volume que adquiriram suas carteirinhas das mencionadas organizações e quem sabe das duas ( leia-se agente duplo). A presença de nomes conhecidos no meio dos quadrinhos é um deleite aos leitores e a oportunidade de figurar em outras edições bastante atrativa.
 


 

O segundo volume consegue ser ainda mais pretencioso no propósito de ser despretencioso, e se você achou que isso não faz sentido algum, provavelmente esta é a frase que mais reflete o que é Agente Somos: Um quadrinho nonsense de um agente estapafúrdio que, em um tempo onde as pessoas buscam por significado em tudo, aparece apenas com o propósito de fazer rir – e consegue.
 

Ora, ora, ora, Sommos! Aguardamos pela HORA* de uma nova aventura.
 

"*Até ela faz piadas infames agora! NE "

 


 


#Quadrinhos   ;


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