Resenha, “O Selo de Bartholomeu”, de Fabrício Freitas

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O que você faria para fugir da realidade? O que daria em troca de deixar os problemas para trás? Com tanta coisa ruim acontecendo na vida de Anthony, ser transportado para outro mundo, mesmo que em sonho, não parecia assim algo tão ruim, até novos conflitos aparecerem.
 

O Selo de Bartholomeu, livro de estreia do escritor Fabrício Freitas, tem como protagonista o introspectivo Anthony, que passa a ter sonhos realistas com um mundo fantástico, após passar a usar um colar proveniente de um meteoro que presenciou a queda.
 


 

Entre idas e vindas a esse mundo, o primeiro terço do livro funciona para contextualizar a história sofrida do protagonista e sua relação com a família e amigos. Nos outros dois, é explorado mais o mundo que passou a visitar, que descobre estar sob domínio de um imperador que utiliza da ciência para ter vantagem em um lugar repleto de magia.
 

Anthony aparece com a missão de ser um salvador, a última esperança para aqueles que desejam a liberdade. A ele é dada a tarefa de romper os selos da fênix, a mais poderosa criatura do universo, para proteger a magia, que está se esvaindo desde que os Titãs foram aprisionados nos céus por um feitiço. Com isso, novas amizades e improváveis alianças são feitas. E ao passo que ele se envolve cada vez mais com as pessoas e a causa, o rapaz começa a entrar em dilemas, ficar no mundo que veio, ou no que conheceu agora? Ser um salvador, ou alguém ordinário? Ajudar sua família ou seus novos amigos?
 

A narração em terceira pessoa, que peca em repetições desnecessárias, utiliza dos sentimentos de Anthony para discorrer, em meio a uma narrativa de clássica exploração de mundo, sobre solidão, pertencimento e superação. O personagem se vê dividido entre suas duas realidades, o que se torna o ponto alto da trama. Mais que ajudar aqueles que amam, maior preocupação do protagonista, ele passa a buscar por respostas nele mesmo para tantos questionamentos que surgem.
 

Ao final da narrativa fica claro que este é apenas o começo de grandes jornadas, a introspectiva e a pela salvação de todos.
 



 

Fabrício Freitas é mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Goiás e Graduação em Relações Internacionais pela PUC-GO. O autor é tão nerd quanto aparenta ser, começou a escrever seu primeiro livro há quatro anos e desde sempre foi apaixonado por literatura e filmes. Criar mundos fantásticos é sua paixão. Fã de ciência e apaixonado por livros, sempre adorou a interação entre ficção e ciência, tem como ídolo Carl Sagan e por isso decidiu embarcar na ideia de universos paralelos e ficção. O Selo de Bartholomeu é o primeiro livro de muitos e escrevê-lo foi uma forma de fugir da realidade e entrar num mundo completamente novo, aguardando para ser desbravado pelos leitores e leitoras.
 



#Livro  


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