Resenha: “A Dança dos Mortos” (As Crônicas da Aurora Livro 2), de Gleyzer Wendrew

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Sinopse: Após os acontecimentos de A Face dos Deuses, o pequeno continente de Dünya está imerso em caos.

Em Maäen, uma guerra civil entre Zeohn Meihä e Aenor Komäert está prestes a eclodir; 
Em Venn, um torneio mortal decidirá quem será o novo general do país; 
Das trevas de Vatra, uma seita maligna surgiu, prometendo remodelar os alicerces arcaicos do país do Norte…

A Escuridão chegou e após a carnificina dos deuses apenas os corvos terão motivos para festejar…

A dança sangrenta

 

Se A Face dos Deuses serve como uma grande introdução para a história, A Dança dos Mortos é onde As Crônicas da Aurora começam a criar forma. O escritor Gleyzer Wendrew utiliza todos os atributos de dark fantasy com maestria, mostrando ao leitor que sim, a história pode ficar mais sangrenta e perigosa.

 

A obra, que apresenta narração onisciente, desenvolve seus personagens e dentre muitos, apresenta alguns como peças-chave de complexas tramas. São desenvolvidas diversas linhas narrativas que convergem em um enigmático enredo central, que se forma ao seu próprio tempo.

 

Ao contrário da primeira obra, cuja tensão se mostrava de forma linear, com um grande clímax ao desfecho. Em A Dança dos Mortos, a narrativa aparece com diversos grandes momentos, de suma importância para a trama e para o desenvolvimento – e por quê não? – sobrevivência dos personagens.

 

O aprofundamento na personalidade dos protagonistas, que já esboçavam sua individualidade na primeira obra, permite ao leitor criar simpatia ou antipatia (ou ambos) por eles. Ao certo, é que a trocas de papéis dessas figuras, hora vilões, hora mocinhos, conforme perspectiva, demonstram o quanto de veracidade e humanidade elas exprimem. Assim como suas motivações e sentimentos, as relações criadas e as atitudes são inconstantes. Contribuindo também como peça da imprevisiblidade da narrativa.

 

A escrita de Wendrew, descritiva e objetiva, se reveza por diversas perspectivas. Em MaäemVenn e Vatra, importantes e sinistros eventos estão ocorrendo e o autor não posterga grandes acontecimentos. Ao lugar de expectativas, Gleyzer não deixa brechas para recobrar o fôlego.

 

Os desdobramentos, ao mesmo tempo esclarecedores e enigmáticos, de certa forma dão a impressão de que as cartas desse complexo jogo de poder e sobrevivência ainda estão sendo dadas. As decisões tomadas, mudam o ritmo da jogatina, mas a previsão é de que ao final os perdedores não estarão em condições de questionar a derrota.

 

O primeiro livro utilizou de flashbacks como forma de conceder explicações quanto a história que precedia a linha temporal presente. Neste, os poucos textos que se valem do passado, revelam mais sobre a relação da grande guerra ocorrida com as motivações e transformações intrínsecas dos personagens.

 

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Ao segundo livro, e já familiarizado com diversos dos termos utilizados, o ritmo da leitura é potencializado, tornando assim a narração mais dinâmica. Ainda assim, ao final da obra, novamente um glossário com termos, lugares, personagens, títulos e expressões está disponível para eventual consulta.

 

Na dança dos mortos, alguns definem seus parceiros, outros valsam, rodopiam e, alguns caem. Ao invés da música, o barulho das espadas. No lugar de passos, movimentos letais.

 

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Gleyzer Wendrew nasceu no dia 19 de abril de 1992, em Brasília, cidade na qual cresceu e ainda reside. Embora formado em Administração de Empresas, curso do qual se orgulha, tem sua grande paixão na Filosofia de Nietzsche, na História Medieval europeia e asiática, e nas diversas mitologias espalhadas pelo mundo. Fã incondicional de J. R. R. Tolkien, Bernard Cornwell e George Martin, não tentaria excluir desta sua primeira obra os conhecimentos que adquiriu com os mestres da literatura fantástica. Atualmente se dedica a consolidar o universo criado enquanto escreve os outros 3 volumes da saga.

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