Em Bichos somos apresentados a duas histórias curtas que assim como as capas ensinuam – nessa edição vira-vira – tem como destaque cães e gatos.
Sem apresentação, ambas as partes não utilizam de balões e descrevem situações além de nosso tempo: uma no passado e outra no futuro. As duas histórias, que tem roteiro de Daniel Esteves, mostram os animais em eventos envolvendo abuso policial, opressão contra a minoria e choque cultural.
Na parte gato, uma ilha habitada por indígenas sofre com a invasão de colonizadores. Na parte cão, um camelódromo em uma cidade futurista sofre repressão policial. Em meio a isso tudo, os enigmáticos gatos e os leais cães aparecem ao lado dos oprimidos.
Alex Rodrigues, desenhista da parte gatos, possui detalhamento na composição dos personagens e cenários. Com quadros apresentando distanciamento, em sua maioria, torna a história em si como protagonista à predileção de destacar um personagem.
Al Stefano, responsável pela arte da segunda parte – cães – , traz quadros próximos em cenas dinâmicas e desenvolvidas, trabalhando com ângulos. Destaque ainda para a expressividade dos personagens.
Com elementos políticos e questionamentos sobre autoritarismo, Bichos mostra que a luta pela minoria deve sempre estar presente, sendo você humano, cão ou gato.
Jornalista. Sonho em me tornar uma mistura de Lizzie Bennet e Tracy Whitney, tirando a parte fora da lei. Ler e escrever são o que mais gosto de fazer. Fico nervosa sem um livro na bolsa ou quando não acho caneta e papel quando a inspiração vem. Tenho sonhos a lá filme de Spielberg e ilusões amorosas por Mr. Darcy.
Em Bichos somos apresentados a duas histórias curtas que assim como as capas ensinuam – nessa edição vira-vira – tem como destaque cães e gatos.
