Resenha: Os Lendários Heróis de Green Wood – Os Guardiões do Cálice de Fogo, de Alexi Godoi

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Sinopse: Em uma terra distante chamada Green Wood, quatro jovens aventureiros são vítimas dos ataques sofridos em seus vilarejos pelo general Latril e seu maldito exército. Forjados na dor pela morte de seus familiares, com ajuda de três amigos, o destino os unirá e, fortalecidos pela amizade, buscarão o paradeiro do assassino para o acerto de contas. Em meio à aventura, abordados inesperadamente pelo bardo Fenrir, os jovens serão levados à épica missão de retomar a fortaleza dos guardiões (o Santuário) da tirania do imperador das trevas. 

Os jovens aventureiros se encontrarão no meio de sete guardiões do cálice de fogo liderados na batalha pelo druida Guillian. A jornada os levará ao desconhecido, por terras repletas de elfos, anões, grifos, centauros, cães infernais, sereias, gnomos, homens-lagartos, polvos gigantes, feiticeiros, uma aventura de tirar o fôlego! Conseguirão os guardiões reaver sua fortaleza e deter o mal que ameaça a paz em Green Wood?

Os jovens aventureiros terão êxito em sua busca? Será feita justiça com o sangue inocente derramado? Nesta fantástica aventura, valores como amizade e fidelidade, e a contraposição entre o bem e o mal, a razão e o coração definirão o futuro dos reinos de Green Wood. Prepare-se para esta grande aventura!

 

Role os dados e se jogue na aventura

 

ROLA INICIATIVA! Assim como em uma mesa de RPG, Alex Godoi constrói em Os Lendários Heróis de Green Wood – Os Guardiões do Cálice de Fogo uma aventura cheia de perigos, batalhas e muitos personagens.

 

Seriam necessárias muitas fichas de personagens para que pudesse ser realizada uma maior descrição de todos. Por conta da quantidade significativa de figuras compartilhando o protagonismo da narrativa, muitos deles tiveram suas descrições e histórias anteriores, como por exemplo, como aconteceu sua junção ao grupo, retratadas de maneira superficial. Fora algumas exceções, cuja atitudes apontam para uma ou outra caracteristica mais marcante, os aventureiros apresentam em sua maioria uma vontade por lançar-se como exploradores em busca de um objetivo em comum, inspirados por um sentimento de justiça e com atitudes conciliadoras apesar de suas diferenças.

 

São muitos nomes, raças, histórias, origens e características diferentes. Além de diversos cenários percorridos. Seria de grande valia um apêndice no livro, com guia de personagens e locais, no qual seria mais facilmente consultado caso o leitor tenha esta necessidade.

 

Ficou claro neste primeiro livro que a escolha de Alex Godoi foi usar a aventura em si como o grande destaque da história. Sendo evidenciado que por mais que os aventureiros e guardiões sejam de suma valia para a narração, o serviço que prestam tem mais importância. Outro ponto que corrobora com isso, é que o autor não detalha ou utiliza das relações interpessoais de nenhum dos personagens para a construção da identidade deles. Assim, serem parceiros de aventura e possuirem um mesmo objetivo, serve como o único elo entre eles.

 

A narração de Alex Godoi é objetiva e pouco descritiva. Até mesmo as diversas cenas de batalhas ocorrem de maneiras simples, evidenciando muito mais o resultado do que o desenrolar. A cada capítulo ocorre assim como uma nova missão ( ou se preferirem, quests e side quests) que são necessárias para o objetivo dos aventureiros, ou apenas para ganhar experiência pensando nele.

 

Assim como um rolar de dados, a história vai se desenvolvendo de forma súbita, como se realmente uma força maior estivesse mestrando a aventura. Os desdobramentos das escolhas dos personagens tem uma reação imediata.  Transborda uma sensação de fatalidade, situações fadadas a ocorrer.

 

Para quem gosta de alta fantasia, a falta de descrições aprofundadas na obra, podem contrastar com a maioria dos livros do gênero. Já para os que gostam de RPG, estará familiarizado com uma aventura objetiva e heroica. É só o início!

 

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Alex Godoi é saxofonista, vocalista, contabilista e escritor natural da cidade de Limeira, interior de São Paulo. Atua no setor contábil e no tempo livre dedica seu tempo a arte, onde a música, a literatura e a escrita são prioridades.
Participa ativamente de eventos literários e culturais de sua cidade e região. Membro de apoio da Sociedade Literária Limeirense é um dos colaboradores direto da Feira Literária Limeirense que acontece uma vez por ano na cidade.

 

 

 


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