Isa Prospero apresenta seu novo conto “A Feiticeira de São Judas Tadeu dos Milagres”

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Inspirado em um evento recorrente na vidas dos brasileiros, ter compras paradas em Curitiba, o conto “A feiticeira de São Judas Tadeu dos Milagres”, da escritora Isa Prospero, questiona: “O que aconteceria se um pacote ficasse perdido não somente dias ou semanas, mas décadas – e se ele contivesse algo que teria mudado a vida do seu destinatário?”
 

Na trama, Dona Simone nunca recebeu sua herança mágica e então, em vez de virar bruxa, casou-se, teve filhos e cuidou da família a vida toda. O que não foi uma perda, apenas um caminho diverso com suas próprias recompensas. Contudo, quando o pacote enfim chega, 65 anos atrasado, Simone descobre que ainda há tempo para começar algo novo – fazendo uso dos objetos mágicos de jeitos inesperados.
 

Gostei da ideia de ter uma protagonista idosa em um gênero em que as heroínas são geralmente jovens, e de mostrar um tipo de aventura que não se baseasse em proezas físicas mas nas qualidades de uma vó. E aí entram os jovens – Lucas, um de seus netos, e Heitor, um mago que aparece na casa de Simone atrás da resposta para uma profecia. O primeiro incentiva a vó a usar magia, enquanto o segundo cria um laço afetivo com ela que muda a vida de ambos”, explicou Isa.
 

A história se passa no mesmo universo da noveleta “Antigos demônios para o novo milênio” publicada pela autora na segunda edição da Revista Mafagafo, e assim como a primeira, possui capa assinada por Dante Luiz. “As duas histórias se passam no mesmo universo repleto de objetos mágicos trocando de mãos, mas enquanto aquela tem uma escala mais épica, com protagonistas lutando contra o fim do mundo, esta é mais intimista e pessoal“, disse.

 

Sobre a ambientação da história, Isa explica que a cidade é fictícia, mas a casa da protagonista foi baseada na casa de sua avó. “Espero ter conseguido transmitir aquela sensação de conforto e familiaridade das memórias de infância. A história toca em violências e hostilidades que afetam grupos marginalizados, mas eu queria que a impressão final fosse de esperança. É um conto sobre as famílias que a gente escolhe e o amor que podemos encontrar apesar de situações (e tempos) terríveis. “


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