Crítica: Sobre o seriado musical “Glee”

Criado por -

Parte do elenco de Glee (Imagem: divulgação)
Parte do elenco de Glee (Imagem: divulgação)

Todos nos temos aqueles momentos onde estamos tão felizes, seja o motivo que for que acabamos cantando uma música tanto em casa quanto no trabalho ou na escola/faculdade. Mas já pensou como seria a sua vida se ela fosse um musical de verdade? Pois essa é a sensação que o seriado norte americano “Glee” nos dá.

Criado por Ryan Murphy, em 2010 a série na primeira temporada, nos mostra os típicos clichês adolescentes: uma garota nerd apaixonada pelo garoto popular, o garoto popular que não sabe o que quer da vida, a chee leader malvada, um professor bonzinho e uma professora malvada.

Considerações da autora:

A série nos mostra de início esses clichês típicos, mas você fica interessado em ver como isso termina. As músicas são boas, apesar de muitos fãs não gostarem de ter feito uma cover da banda Journey.

Mas ao longo da série, qualquer desenvolvimento de personagem é completamente esquecido. A protagonista Rachel (Lea Michele) não vende uma imagem simpática ou legal para ninguém, fazendo  bullyng com outras cantoras, que se atreviam a ser mais talentosas que ela, além de manipular as pessoas para conseguir o que quer.

Tem um buraco nessa história também, se todos no Glee Club  são excluídos por que toda vez que eles cantam algo todos do colégio vão assistir e aplaudem ?

E fica pior, pois o Glee coloca personagens gays nos piores estereótipos que tem. Um menino afeminado tem que ser gay em Glee. A comunidade LGBT (lesbicas , gays, bissexuais e transexuais ) se incomodam com essa situação pois os únicos personagem gays da história tem um relacionamento muito ruim, e ainda é colocado como um relacionamento gay aceitável.

Glee ainda abusa de certos clichês de uma maneira nem um pouco legal, suicídio, fizeram um episódio com esse tema e nunca mais foi tocado de novo até porque a morte desse personagem, Karkaroff, não afetaria ninguém do Glee Club, ou seja ninguém dos personagens principais teria a sua vida modificada se esse personagem tivesse se suicidado.

O Glee Club foi fundado para fazer as crianças se interessarem por cantar, mas eles só escolhem crianças que tenham talento, se alguém não tiver talento não entra (pode até fazer sentido mas o Glee Club não deveria ser um clube onde todos aceitassem os outros?)

(Imagem: divulgação)
(Imagem: divulgação)

Eles nunca ganham o campeonato, bom pelo menos eles não destroem o estádio, e continuam usando as mesmas estratégias para continuar num campeonato que honestamente acho que eles não irão ganhar nunca.

As personagens são completamente unidimensionais, e um dos que mais irrita esta autora é o professor Shue. Como alguém como ele virou professor? Ele não sabia espanhol, mas virou um professor de espanhol e depois largou isso para virar professor do Glee Club (mas não deveria ser um professor de música?).

Ele não ensinou nada a ninguém naquele escola e você achando que a situação da educação no Brasil era ruim, olha pro Professor Shue , largou tudo e virou dançarino da Broadway e nunca mais voltou.

Não tem enredo de verdade, existe um objetivo, ganhar a tal competição mas ao ganhar (Se ganharem) isso irá mudar alguma coisa na vida deles? Na vida da escola?

O vocalista do Foo Fighter não deixou que suas músicas fossem regravadas no Glee dizendo que achava o show sem sentido, e que não tem nada haver com qualquer tipo de música.

O Mais QI Nerds dá uma nota baixa para essa série, nota 4, por ser tão cheia de clichês e não ter um plot de verdade. E você o que acha? Queremos saber a sua opinião!


#Seriados   ; ; ; ; ; ;