20th Century Boys é mais um seinen que entrou para a minha lista de favoritos. Criado por Naoki Urasawa, o mangá foi publicado no Japão de 1999 a 2006 e possui 22 volumes. Além disso, para fechar com chave de ouro, 21st Century Boys vem para concluir esta saga deixando os leitores sem nenhuma dúvida. Claro que opiniões são diferentes, mas acredito que se você der uma chance a 20th Century Boys vai se apaixonar como eu e muitos que conheço.
No enredo do mangá nós conhecemos Kenji Endo, um homem de uns 30 anos, que mora com a mãe, a sobrinha e é dono de uma franquia. Uma vida pacata e comum, admito. No entanto, algumas pessoas começam a desaparecer misteriosamente e um símbolo criado por Kenji e seus amigos na infância tem alguma relação com isso.
Com o passar do tempo as coisas vão ficando cada vez mais tensas e envolventes. Ficamos procurando nas memórias da infância dos personagens quem será o “Amigo”, forma como se intitula o verdadeiro causador dos estranhos acontecimentos que mudam o mundo completamente. E quando descobrimos… nossa como fiquei com raiva dele. xD
Em minha opinião todos os personagens foram bem aproveitados, tiveram sua participação na história e possuíam ligação entre eles. Alguns momentos são engraçados e outros bem dramáticos e acho que isso realmente permite ao leitor se envolver sem ficar tão frustrado (afinal, descobrir quem era o Amigo pra mim foi algo frustrante). Os personagens também evoluem com o passar do tempo (e olha que o tempo passa muito!), eles são bem humanos, possuem medos e não querem ser super heróis, pelo contrário, eles reconhecem que aquilo era só brincadeira de criança, mas se sentem responsáveis pelas coisas que passam a acontecer.
20th Century Boys é um exemplo de que uma história com enredo simples pode ser muito bem aproveitada. Não são deixadas lacunas (talvez algumas, mas bem poucas e sem muita importância) e, apesar da sua cronologia atemporal, o mangá possui começo, meio e fim. Ele também não foge muito de uma realidade e em meio a todo o mistério ainda sobra um espacinho para o romance. S2
O mangá também ganhou uma adaptação cinematográfica dirigida por Yukihiko Tsutsumi. A primeira parte da trilogia foi lançado em 2008 e a demais no ano seguinte. Apesar de só ter assistido o primeiro filme, gostei muito da versão. Os atores são fisicamente parecidos com seus personagens e atuam bem. A versão live-action possui pequenas diferenças em relação a história original, mas no contexto geral foi muito bem apresentada.
Naoki Urasawa realmente me surpreendeu com este mangá. Outra obra dele bem conhecida é Monster, comecei a assistir alguns episódios do anime e gostei. Ainda não posso dizer muito sobre o assunto, mas acredito que o jeito dele apresentar a história seja aparecido com o de 20th Century Boys. Vale a pena conferir também.
#Quadrinhos
20th Century Boys; 21th Century Boys; critica manga; Trilogia 20th Century Boys
