Criado por Francylene Silva - 22 de setembro de 2022 às 16:43
Dentre as diversas histórias sobre pessoas que negociaram a própria alma em troca de benefícios, a mais famosa é a do Dr. Fausto, personagem do folclore medieval germânico, que queria para si conhecimento e poder, e para tal, legou sua alma a Mefistófeles.
A lenda serviu de base para Fausto, peça de Johann Wolfgang von Goethe que, por sua vez, serviu de inspiração para Mefisto, obra do alemão Klaus Mann. Escrito em 1936, o livro agora ganha uma edição brasileira pela DarkSide Books, com tradução de Claudia Abeling diretamente do alemão.
O livro é centrado em Hendrik Höfgen, ambicioso ator que abdica de seus ideais revolucionários em troca da ascensão na carreira artística cujo ápice, não por acaso, é uma encenação do Fausto de Goethe. Na peça, Höfgen interpreta Mefistófeles, enquanto em sua vida ele age como Fausto. Porém, o demônio de Höfgen não é uma entidade fantástica, e sim um demônio concreto: o Partido Nazista.
Escrito quando Klaus se encontrava exilado na Holanda, durante a ascensão do Terceiro Reich, a obra teve inspiração em pessoas reais da época, um dos motivos pelo qual a obra sofreu censura em 1968 – o Tribunal Federal de Justiça alemão acatou o pedido do filho adotivo do ator Gustaf Gründgens, que reconheceu seu pai no protagonista da obra – derrubada em 1971.
A edição especial, organizada por Paulo Raviere, conta com xilogravuras criadas por Ramon Rodrigues especialmente para o livro e posfácio da pesquisadora Claudia Dornbusch.
#Livros DarkSide Books; Fausto; Goethe; Mefisto
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