Criado por Francylene Silva - 18 de janeiro de 2022 às 17:44
PU-TA-RIA. Essa é a palavra escolhida para o subtítulo do “Gibi de Menininha: Historietas de Terror e Putaria”, coletânea roteirizada e desenhada por mulheres contando com histórias que entre gritos e gemidos exploram diferentes facetas dos dois dos gêneros mais misóginos.
E não ao acaso a palavra se faz necessária. Desde a primeira página fica claro que o objetivo da coletânea é não apenas renegar todo o sexismo retratado com frequência em quadrinhos eróticos e de terror, como ainda subverter a ideia de que produções femininas devem ter aquele ar de refinamento, de polidez, principalmente em temas considerados tabu. Ideia essa que serve apenas, e ainda mais, para a repressão da expressão artística das mulheres.
As histórias apresentadas por Germana Viana, Renata C B Lzz, Roberta Cirne, Ana Recalde, Clarice França, Mari Santtos, Talessa Kuguimiya, Milena Azevedo, Katia Schittine, Fabiana Signorini e Camila Suzuki aparecem como um contraponto à perspetiva excludente tão comum em quadrinhos eróticos feito por homens, que se reforçam de estereótipos. Não procure na coletânea a vítima, a esposa, a virgem inocente. São histórias tomadas pela visão feminina sobre sexo, sobre desejo e sobre temor, exploradas em traços e vozes diversas e com personagens que tomam o poder da narrativa para si.
Organizada por Germana Viana, que une as seis histórias com introduções da lasciva personagem Mama Jellybean, Gibi de Menininha ganhou o prêmio Angelo Agostini, de Melhor Lançamento de 2018 e o Troféu HQ Mix na categoria Melhor Mix.
#Quadrinhos Terror
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