Criado por Francylene Silva - 22 de setembro de 2021 às 18:32
“Cabra, pistoleiro, guarda-costas”. Estes são alguns dos termos que servem de sinônimo para a palavra Jagunço. O significado da palavra e tudo a ela associado, e ao personagem que carrega esse nome, facilmente é desvendado por uma narrativa que exprime a essência do termo.
Em “Jagunço – Batismo de Sangue”, quadrinho de Toti Bernardes e Alex Salles, acompanhamos o recorte de uma narrativa que se desenrola em São José de Camões, cidade fictícia localizada na Bahia, e se apresenta em seu ápice.
O roteiro, centrado na missão de um homem em busca de pistas através de um contato conhecido, foca nos desdobramentos de ações que, mesmo o leitor desconhecendo a princípio e sendo anteriores ao tempo passado da narrativa, se esclarecem ao passo que a missão vai se desenrolando. Porém, desde a primeira página, fica claro que o simples fato de Jagunço estar no lugar já é equivalente a “perigo à vista”.
A arte de Toti Bernardes trabalha o preto e branco em alto contraste, com clara influência de obras de Frank Miller, em quadros que se dividem entre a ação do movimento amplo – cuja construção dos personagens é essencial e pensada para tal – e a estática de imagens quase pictogramicas, que convergem a violência e a expressividade de uma história visceral e objetiva.
Não existem heróis ou vilões em um lugar onde balas e sangue decidem o destino.
#Quadrinhos
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