Uma megametrópole construída em cima de uma enorme tartaruga que navega pelo mar em uma constante. E, durante um tempo, submerge impedindo qualquer um de entrar ou sair de Oceanïc.
Somente uma pequena descrição de um dos cenários do livro Oceanïc, de Waldson Souza, já é o suficiente para chamar a atenção de leitores. Mas a narrativa de ficção científica futurista não para por aí. Apesar de ser Oceanïc a maior e mais tecnológica das cidades, outras também são apresentadas, com estruturas e organização social distintas, em uma construção de mundo deslumbrante.
Este universo é visto através de diversos pontos de vista, personagens que dividem o protagonismo da história e o apresentam gradativamente, em narrações em primeira pessoa. Os protagonistas, cujas origens e personalidades distintas auxiliam em apresentar diferentes ângulos do local, são apresentados de forma não cronológica.
Em uma narrativa dinâmica, Waldson consegue desenvolver os personagens e suas relações mas, ao postergar conflitos, torna o enredo em algo como um prelúdio à uma aguardada trama mais profunda e maior até mesmo que os personagens já apresentados. Essa construção tão bem estabelecida abre diversas possibilidades à frente.
Waldson Souza consegue, em pouco mais de 100 páginas, transportar o leitor a um universo rico, em descrições concisas e que levam a imaginar – e ansiar para conhecer – o além trama.
Entrevista: Waldson Souza apresenta a obra de ficção científica OCEANÏC
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