Criado por Francylene Silva - 9 de dezembro de 2020 às 18:51
O escritor Rafael Dias estreia no mundo literário com a fantasia O Tratado dos Mil Cantos, publicado pela Jambô Editora
O livro se baseia na mitologia mesopotâmica, pouco conhecida e utilizada na literatura em comparação à greco-romana, por exemplo. A utilização de elementos poucos explorados pedem uma atenção maior do leitor, assim como a escolha do autor de alternar diversas linhas narrativas, todas que se conectam em um cenário maior.
Os personagens principais, que se encontram na mesma situação em uma delas, tem suas jornadas descritas em flashbacks que retratam tudo que passaram até chegarem ali. Com passados bem distintos, todos a princípio têm dois elementos em comum, são manipuladores de elementos e estão a um passo de participar de um ritual de sangue cujas chances de sobreviver são mínimas.
Além disso, paralela a essas linhas narrativas, uma outra retrata a construção do mundo e as relações dos deuses, entre si, suas criações e a história da humanidade.
Com tantas linhas, elementos pouco conhecidos, assim como nomes peculiares, como já mencionado, a atenção do leitor deve ser redobrada para não acabar se confundindo. Com a devida imersão, um cenário fantástico e enigmático se abre, em uma jornada cujos detalhes dão originalidade à obra e seus desdobramentos surpreendem.
O ponto alto da escrita de Dias são as dinâmicas cenas de ação, assim como a descrição dos cenários. O entendimento do lugar e de seus hábitos ocorre primeiro que a percepção sobre os personagens e suas motivações. Isso ocorre pois eles são fruto do lugar de onde vieram e têm seus destinos influenciados por estes de uma forma intensa.
A linhas alternadas se unem no ápice da narrativa, que ao final deixa gancho para uma continuação, que já encontrará um leitor familiarizado com esse grande universo.
#Livro fantasia; Mitologia Mesopotâmica; O Tratado dos Mil Cantos; Rafael Dias
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