Criado por Francylene Silva - 20 de outubro de 2020 às 19:41
O quadrinho de ficção científica Black Silence, de Mary Cagnin, conduz uma história que flerta com o terror psicológico em tratar sobre o quão pequenos somos em um vasto e misterioso universo.
Um grupo de pessoas é reunido com uma difícil missão, onde o destino da humanidade está em jogo. Fazer o reconhecimento de um planeta que pode ser a única chance de sobrevivência dos seres humanos. No comando da missão está a forte e fechada Neesrem Ubuntu, que não mede esforços para concluí-la com sucesso.
Ambientada em um futuro distópico pós-apocalíptico, que vai sendo mostrado aos poucos, de forma espontânea, a história foca no quanto a missão afeta cada um deles ao passo que vai mostrando mais detalhes de seus passados.
Mais do que a missão ou o desenvolvimento desse universo – que facilmente poderia servir de cenário para mais histórias – Mary Cagnin faz um recorte bem próximo dessas pessoas, tão diferentes entre si, destacando suas reflexões, incertezas e a complexidade de confrontar a própria insignificância em meio a uma missão que vale mais que suas próprias vidas.
A arte de Mary auxilia nisso ao acentuar a expressividade dos personagens e ainda apresentar quadros espetaculares que destacam a pequenez deles em meio ao universo.
A abordagem focada no drama dos personagens acaba requerendo uma atenção maior do leitor aos detalhes do cenário, já que a construção dele é realizada através de poucas informações, muitas das quais presentes em diálogos dinâmicos.
O roteiro, que é carregado de intensidade, conduz os personagens ao confronto do desconhecido e na percepção de si mesmos.
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