Criado por Francylene Silva - 12 de outubro de 2020 às 18:29
A escritora Clara Madrigano, em As Boas Damas, domina com precisão o universo de Sherlock Holmes, acrescentando ainda um toque seu em uma narrativa repleta de mistério.
A novela é contada sob a perspectiva de Annabel Watson, filha do Dr. Watson, que, após a morte dos pais, está sob a guarda de um Sherlock agora a beira da aposentadoria. Servindo como assistente de Holmes, a garota viaja junto ao seu tutor para investigar um novo caso do mais famoso dos detetives. Uma mãe, dama da sociedade, confessa ter assassinado o próprio filho, desafiando a dupla a descobrir as motivações por trás do crime.
A partir daí se inicia uma trama que explora elementos característicos das histórias de Arthur Conan Doyle, como o método investigativo e os gestuais. Contudo, o perspicaz raciocínio lógico de Holmes é colocado à prova quando os caminhos da investigação parecem apontar para uma explicação que foge à racionalidade.
A narrativa concisa conduz a uma investigação misteriosa e envolvente onde as explicações mais esperadas são mais sobre o por que do crime, do que quem o cometeu. As descobertas e, principalmente, o caráter mais pessoal da investigação, desmonta a frieza de Holmes ao mostrar o quanto de sua relação com o Dr. Watson e agora sua filha o sensibiliza. Memórias descritas por Annabel ressaltam isso, assim como evidenciam a admiração que nutre pelo detetive.
Annabel se mostra uma protagonista carismática, caracterizada com o melhor tanto de seu pai como o de seu tutor. De Watson, herda a perspicácia em retratar com precisão suas experiências. De Holmes, o faro natural para encontrar pistas. Com uma mente a frente do tempo e determinação, facilmente é possível imaginar – e ansiar – por mais histórias da jovem.
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