Nikelen Witter lança a coletânea Dezessete Mortos pela AVEC Editora. São sete contos bem distintos, mas que em comum tem dois elementos: a regionalidade sulista e o terror.
“A ideia da coletânea era a de reunir contos meus que estavam dispersos em diferentes publicações, algumas, inclusive já esgotadas. Porém, ao reunir tudo o que eu tinha, minhas agentes da Increasy consideraram que o material não tinha unicidade e que seria preciso dividir.
Assim, comecei a buscar linhas que pudessem amarrar os contos, como um projeto real de um livro de contos. Acabei me deparando com o cenário sulino e ao reunir todos, percebi que o terror era mais um elemento de ligação. Não um tipo gore de terror, mas um mais subtil, mais ligado às sombras da nossa própria mente”, contou Nikelen Witter, em entrevista exclusiva ao Mais QI Nerds.
O nome da coletânea saiu do título de um dos contos, ao qual Nikelen indicou como sendo o que mais mexe com elementos importantes – história, lendas, narrativas orais que foi agregando.
A escritora contou ainda como foi a produção da coletânea, feita por Luciana Minuzzi. “Foram muitas reuniões e ela fez muita pesquisa para o resultado. Um livro com essa lombada grande, que escorrega para a capa. As ilustrações e os detalhes como o arame farpado ou mesmo a ovelha da capa. A referência veio de O Silêncio dos Inocentes, mas durante a produção nós mais parecíamos o Pequeno Príncipe e o aviador. Ela desenhava e eu dizia: está muito jovem, está muito magro, fofo demais (risos), então chegamos na versão final que ficou perturbadora como eu queria.
Aliás, para quem nunca ouviu falar do sistema de degola nas guerras sulinas, é interessante contar que se dizia que esta era uma forma de matar que reduzia homens à ovelhas. Já que as posturas de matador e vítima se assemelhavam ao abate dos animais.
Acho que o produto gráfico ficou incrível, o tipo de livro que te dá o maior orgulho e não só pelo que você escreveu”.
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Nikelen Witter