Criado por Francylene Silva - 15 de junho de 2020 às 19:15
O escritor Rodolfo Salles, iniciou na plataforma de leitura Wattpad. O autor escreveu o conto Último Dia, que ganhou o prêmio Wattys de 2017 – entre 280 mil participantes – e teve sua primeira publicação pela revista Trasgo n° 17. Foi quando o autor decidiu lançar de forma independente, A trilogia de ficção fantástica Absolutos.
Em Absolutos: Sinfonia da Destruição, em uma era de exploração Universal intensa, Érico tem o sonho de se tornar um Caçador de Relíquias, aventureiros que saem pelo espaço procurando tesouros antigos. Porém, ele descobre por conta das misteriosas tatuagens em seu corpo que é um Absoluto, seres que de tempos em tempos surgem no Universo e espalham o caos por onde passam.
Buscando por respostas, ele deixa sua pacata vida na lua de Miesac para trás e parte em uma jornada através do Universo em busca de um Desbravador, entidade com poderes inimagináveis capaz de apagar suas tatuagens e assim devolver as rédeas de seu destino.
Para conhecer mais sobre o primeiro livro, batemos um papo com o escritor Rodolfo Salles, que entre inspirações e processo criativo, nos revelou ainda que o segundo livro já está a caminho, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2020.
Confira a entrevista:
Como surgiu Absolutos: Sinfonia da Destruição?
A história começou com um conto que escrevi, no qual um grupo de personagens invadia uma fortaleza em busca de uma criatura capaz de alterar destinos. Lembro pouco do conto, pois ele acabou se perdendo junto ao meu antigo HD, mas a essência era a mesma: um rapaz queria mudar seu destino ruim e um grupo de amigos o ajudava. A partir de então, a história começou a crescer e eu logo decidi que seria uma Space Opera. Porém, eu queria uma pegada mais fantástica. Meu objetivo nunca foi escrever uma ficção científica, mas uma fantasia com viagens espaciais. E, assim, nasceu Absolutos. Eu criei a história para o Wattpad, plataforma de publicação de autores independentes, para testar o público. Foi um sucesso lá dentro. Então, decidi relançar pela Amazon, com capa nova, leitura crítica e revisão profissional. A história atual é totalmente diferente e, na minha visão, muito melhor.
Quais foram suas inspirações para a criação da história?
Sempre fui fã de Star Wars e Star Trek, o que ajudou na inspiração. Mas, quando assisti Guardiões da Galáxia, um mundo de possibilidades se abriu. Juntei isso ao desejo de subverter a já famosa jornada do herói. Pensei: “E se eu fizesse a jornada de um personagem que está destinado a tornar-se um vilão?” A partir daí, a história, os personagens e a trama começaram a tomar forma em minha cabeça. O resto do desenvolvimento veio naturalmente.
Conte um pouco sobre o seu processo de escrita
Primeiro, monto a estrutura da história inteira — começo, meio e fim. Depois, faço tópicos detalhando essa estrutura com acontecimentos, os arcos de personagens, seus objetivos e necessidades dentro da trama.
Minha parte preferida. Sou a mistura de dois tipos de escritor: o arquiteto, que planeja tudo; e o jardineiro, que planta uma semente e rega para que a história tome forma sozinha. No processo de escrita, após planejar, entra a minha parte jardineiro; deixo trama e personagens fluírem junto à criatividade de modo a escalonar as ideias iniciais.
É a parte que menos gosto. Nenhum texto sai de primeira. Todos precisam ser revistos, retrabalhados. É quando o autor costura pontas soltas, cria foreshadowings (prenúncios de acontecimentos não explícitos que ajudam a manter a coerência de fatos futuros). Ideias novas também surgem. Já tive que criar personagens novos e reestruturar tramas inteiras.
Aqui, escolho os primeiros leitores para avaliarem o livro como um todo. Essas pessoas valiosas lerão a obra em sua fase de maturação para apresentar ao autor suas sensações e críticas (positivas e negativas). É importante que o autor tenha a mente muito aberta em todos os processos da escrita. De nada adiantará a betagem se quem escreve estiver em busca apenas de elogios. É bom escolher pessoas imparciais, nada de amigos muito próximos ou parentes. Sempre busco por leitores do meu gênero. Criar um formulário de perguntas para o beta ajuda muito. Outra coisa essencial é ter discernimento para escolher as criticas que se aplicam à sua história e as que não.
Alguns autores mais experientes podem optar por pular essa parte, mas eu ainda gosto de passar por um. O profissional de leitura crítica é especialista no assunto e irá apontar os possíveis problemas estruturais, de ritmo, dinâmica, coerência, erros de continuidade, dentre muitos outros. Elas podem ser feitas tanto do livro inteiro quanto de um trecho considerável. Nenhuma leitura crítica que recebi até hoje foi em vão. Todas me ensinaram muito.
Nessa parte, o autor tem a opção de contratar um revisor, que cuidará da gramática, ou um copidesque, que cuida também da forma e reestruturação textual, uma correção mais técnica.
Em paralelo à escrita, por ser autor independente, também preciso cuidar da produção de artes, capa, diagramação interna, propaganda, divulgação, parcerias, redes sociais, vendas e site. É uma loucura, mas eu amo tanto o processo quanto o resultado final.
Tem em mente os próximos projetos?
Eu sempre gostei de escrever gêneros variados, desde Space Opera a Distopia e Dark Fantasy. Absolutos, embora seja a primeira obra que lanço, é o quarto livro que escrevo — fora os contos. Pretendo retrabalhar esses projetos engavetados, mas criei Absolutos com o objetivo de botar as caras no mercado independente. Ainda dentro do mesmo Universo, planejo lançar uma coletânea de contos, ainda sem data certa de lançamento. Estou escrevendo com bastante calma essas pequenas histórias que servirão para aprofundar diferentes aspectos da trama. Terminada a trilogia, quero criar uma história totalmente nova de volume único.
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#Livros Absolutos: Sinfonia da Destruição; Entrevista com Rodrigo Salles
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