Criado por Francylene Silva - 4 de maio de 2020 às 19:19
“O Homem da Casa 7”, livro de estreia de Mariana Cardoso, apresenta uma história que rodeia uma misteriosa morte.
Frederick Hall, professor aposentado, é rejeitado por toda a cidade, exceto quatro adolescentes solitários. Quando ele morre em circunstâncias suspeitas, cada um dos quatro recebe um pedaço de carta e juntos descobrem que o professor deixou enigmas a serem desvendados e segredos a descobrir.
“A minha intenção era de que esse livro fosse uma aventura leve, mais focada nos personagens e seus conflitos internos do que no plot em si. É uma história que traz reflexões sobre luto, amizade, a vontade de ser aceito e sobre empatia”, contou Mariana Cardoso em entrevista ao Mais QI Nerds.
A ideia inicial da história aconteceu em 2013, quando a escritora tinha então 18 anos. “Eu já tinha escrito algumas fanfics, muitos textos e muitas poesias e achei que era o momento. Eu lembro que eu sentei na cadeira, abri um caderninho e comecei a pensar nos personagens. Naquele tempo consegui traçar o perfil deles e comecei a escrever o primeiro capítulo, mas eu estava em ano de vestibular e minha mãe descobriu um câncer que deixou todo mundo apavorado. Ou seja, deixei de lado o projeto do livro”.
Mas só foi em 2017 que o até então Estrelas Dobradas teve o plot repensado e virou O Homem da Casa 7. “O livro não mudou muito em sua essência, isto é, os personagens e seus conflitos, a maioria dos nomes e a sequência de acontecimentos se mantiveram. As ideias vieram no planejamento. Eu abordo temas que são pertinentes para mim, coisas que eu penso e acredito. É um livro muito pessoal, quem me conhece fala que me viu em cada pedaço da aventura. Além disso, o livro passou por três leituras críticas, o que me ajudou a ver exatamente estavam os problemas da minha narrativa e foram o ponto de partida para outras ideias que acabaram entrando na história”, contou Mariana.
A escritora revelou ainda que o processo de escrita da obra, por conta dos anos dedicados a ela, não teve metódos regulares. “Eu já percebi que quando eu coloco na cabeça que eu tenho que escrever algo, por exemplo, um conto, eu apenas sento na minha cadeira e penso em um tema geral, vou colocando uma palavra atrás da outra e vejo o que sai. Na parte da revisão e edição que eu vejo o que posso melhorar, como posso aplicar as coisas que estudei sobre a construção de uma narrativa e coisas do tipo. Para o segundo livro que estou planejando, eu já agi como fiz com O Homem da Casa 7, planejei os personagens e o plot até onde consegui e comecei a escrever. Eu sinto que vou descobrindo a história conforme vou escrevendo e não sei se está certo ou errado – eu acho que não existe muito isso, na verdade – mas é assim que acontece para mim. Além disso, continuo estudando bastante e lendo muito, para melhorar cada vez mais”, disse.
Sobre a chance de uma continuação, a escritora é franca: “Sim. Eu tenho algumas ideias, mas não vou trabalhar nisso agora. Fiquei muito tempo reescrevendo esse livro e revisitando esses personagens, então preciso dar um tempo, mas existe uma possibilidade de um segundo livro.”
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