Com um ritmo narrativo alucinante, Anamélia – Não Pronuncie Esse Nome, de Brendo Hoshington, traz uma história repleta de tensão e terror ambientada em um sinistro sanatório.
Cenário de diversas mortes, o antigo sanatório Palatino sempre teve algo assustador ao seu redor. O lugar, além de testemunhar torturas e mortes desumanas, foi palco ainda do misterioso assassinato da jovem Anamélia, que se torna algo como uma lenda urbana que continua vagando pelos corredores muitos anos após o ocorrido.
A história se inicia com a chegada de Evan Ducado ao local. Ele faz parte de um novo grupo de residentes do sanatório. Contudo, guiada por capítulos curtos, a narrativa se reveza entre diversas perspectivas – incluindo a dele – possibilitando ao leitor ter visão de momentos que ocorrem de forma paralela, sem perda de ritmo.
Personagens que a princípio não parecem ter conexão alguma, tem suas intenções e relações aos poucos sendo reveladas, e para tal Brendo exibe suas mentes quebradas – dos ditos sãos e ditos insanos – expondo suas memórias, que juntamente as acontecimentos recentes vão tecendo a narrativa, cheia de reviravoltas e segredos obscuros.
Tendo uma linha temporal bem delimitada, é interessante como o autor apresenta o contexto histórico se valendo de acontecimentos da história do Brasil, fazendo não apenas a história parecer mais crível, como ainda mais aterrorizante.
Anamélia é aquela história assustadora que escutamos na infância, aquela manchete de jornal que não tem explicação lógica, é a figura que habita os pesadelos daqueles que ousarem pronunciar seu nome. E você? Teria coragem?
Jornalista. Sonho em me tornar uma mistura de Lizzie Bennet e Tracy Whitney, tirando a parte fora da lei. Ler e escrever são o que mais gosto de fazer. Fico nervosa sem um livro na bolsa ou quando não acho caneta e papel quando a inspiração vem. Tenho sonhos a lá filme de Spielberg e ilusões amorosas por Mr. Darcy.
