Fantasia cômica “A Novela Nada Excepcional” apresenta as desventuras de um desencarnado

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O livro A Novela Nada Excepcional, de Rodrigo Avelino, conta as desventuras de um desencarnado em sua vida após a morte – que no caminho vai tendo respostas confusas para questões fundamentais da existência.

 

Primeiro de uma trilogia de fantasia cômica, a obra foi publicada pela Editora Delphi.

 

“Houve um cara, chamado Zózimo, e ele morreu.  Tudo terminaria aí… Deveria ter terminado aí… Mas, contra toda e qualquer razão, essa história começa logo depois do fim. Não direi mais nada.”

 

Em um depoimento intímo e sincero, o autor contou ao Mais QI Nerds sobre a criação de A Novela Nada Excepcional:
 

“Embora essa trilogia de livros seja o que nós poderíamos chamar de ‘Fantasia Cômica’, preciso dizer que a ideia de escrevê-la não veio exatamente numa fase boa…
 

Eu fui diagnosticado com Depressão aos 17 anos e convivo com ela desde então. Imaginam? Quando você a têm, questões como ‘Morrer’ e ‘Qual é, afinal, o propósito dessa tal Vida?’ começam a aparecer muito na sua cabeça. Depressão, de certo modo, pode ser sinônimo de existencialismo. Duas coisas muito ligadas.
 

Enfim… Eu poderia ter deixado ela me sufocar e definhar – acreditem, pois sofrimento realmente vicia. Mas decidi, depois de muita terapia e dezenas de miligramas de antidepressivos, encarar essa condição com bom humor e transforma-la numa força criadora. Assim ficou decidido que eu precisava escrever algo sobre esse lance de existir, entendem? Queria falar sobre os mistérios, encantos e desencantos, sobres as perdas, sobre todas as teorias que nós criamos para explicar… E, principalmente, sobre a aparente ausência de sentido que o universo tem (não que eu acredite que realmente falte sentido, mas, convenhamos, é sempre o que parece). 
 

Pensei por muitos dias. A Morte pareceu o assunto mais natural para aquele momento. Afinal, existe metáfora melhor do que o maior medo e “mistério” da existência?
 

Quando você tem depressão a Morte deixa de ser uma caveira de foice e mortalha, e passa a ser alguém muito sedutor e sensual… Puft! Eu tinha uma visão da Morte.
 

Esse primeiro livro, ou primeiro ato, da início a viagem alucinada de uma pessoa ordinariamente comum, como eu e você, que também se deparou com as mesmas perguntas que nos assombram uma vez ou outra. Não que eu tente responder as principais questões da vida e da morte nesse livro, não é isso. Não é isso mesmo.
 

Eu também não sei as respostas e não tenho nenhuma pretensão de visionário ou filosofo. O que eu faço é brincar com tudo isso.
 

Muita gente prega que a vida é uma piada e gosto de pensar que essas pessoas não estão erradas, mas porque haveria de ser uma piada ruim?”


#Livros   ; ;


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