Escritor André Carvalho mistura fantasia e realidade em obra ambientada na África subsaariana

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Em meio à África subsaariana, o Império do Manden não é mais o mesmo. Antes imbuído de pacificidade pelo grande conquistador, hoje é esquecido pelos olhos de seus descendentes. Escravos trazidos das fronteiras são maltratados, separados de suas famílias e destinados a viverem na miséria.

 

Assim se passam centenas de anos até Kankou Musa, detentor de uma estranha maldição capaz de conectá‑lo com qualquer ser vivo, desafiar o Império.

 

Essa é a premissa do primeiro volume da saga O Leão do Oeste: a Fúria do Amaldiçoado, do escritor André Carvalho. Publicado pelo selo Talentos da Literatura Brasileira, da Editora Novo Século, o livro é a estreia do autor no mundo literário. Para conhecer mais sobre a obra, conversamos com seu criador.

 

Este é seu primeiro livro, como surgiu a vontade de se enveredar pelo mundo da escrita?

 


Sempre gostei de ler, principalmente livros voltados a ambientes fantásticos como, O Senhor dos Anéis, Harry Potter e Crônicas de Gelo e Fogo. Enquanto lia esses livros, despertava em mim várias ideias para criação dos meus próprios mundos de fantasia. Um dia eu comecei a mestrar RPG para um grupo de amigos, criar personagens, vilões e enredos de uma história muito maior. A mesa de RPG acabou desandando, os personagens morriam toda a hora e culpa não era minha. Juro. Depois de um tempo me surgiu a ideia de transferir aquelas histórias que eu escrevia para um livro e assim nasceu a saga do Leão do Oeste.
 

Como surgiu a ideia do livro? Como você o definiria?

 

O livro é uma mistura entre fantasia e acontecimentos reais da história do Manden. Personagens ambientados no livro realmente existiram na história, mas claro não abordados da mesma forma. Principalmente porque a história do oeste africano é ainda muito nebulosa. Então tomei a liberdade de escrever nesse ambiente inserindo muitos elementos fantásticos no livro.

 

O livro é o primeiro de uma série. Qual a previsão de livros a serem lançados no total?

 

A saga será uma trilogia, pretendo escrever mais dois livros no total para fechar a série. O primeiro livro é só um gostinho do que está por vir, a ideia é que nos outros dois livros eu desenvolva muito mais sobre os personagens e o ambiente, além de abordar muito mais sobre a cultura e sobre passado histórico do Manden.

 

Como é seu processo criativo? Quanto tempo demorou para escrever o livro?

 

Foram aproximadamente oito meses escrevendo. Isso porque acabo não conseguindo escrever todos os dias e meu foco é mais nos fins de semana. Eu planejo os principais eventos primeiro, e depois vou conectando esses eventos no processo de escrita.

 

Quais as inspirações para escrever uma trama passada na África?

 

Sou um amante da história. Costumo ficar horas pesquisando sobre a origem dos impérios, reinos e povos que compuseram nosso passado. Estudamos muito na escola sobre o passado europeu, principalmente os reinos ocidentais e norte-americanos. A cultura pop já nos trouxe obras riquíssimas dos povos do norte e do extremo oriente. Até chegamos a estudar um pouco sobre o norte africano como Egito e Cartago, porém eu tinha muita curiosidade de como teria sido o passado de outras regiões. Assim, me deparei com um império riquíssimo do oeste africano, O Império do Mali, e decidi que a história do livro tinha que se passar ali.

 

Existem projetos futuros além desse livro?
 

Pretendo escrever mais livros abordando temas históricos e culturais das regiões envolvidas. Todos eles irão se passar no mesmo período histórico, entre século XIII e XV, envolvendo personalidades conhecidas pelo público geral ou pouco exploradas pelo mundo da escrita. E todas as histórias irão ocorrer no mesmo universo.
 

 


#Livros  


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