Criado por Francylene Silva - 9 de outubro de 2018 às 21:19
A HQ Vidas Imperfeitas, de Mary Cagnin, completa 10 anos. Para comemorar, um edição especial de aniversário com todos os capítulos e ainda páginas inéditas – contabilizando mais de 300 páginas! – será lançada.
Na história, Juno Omura não é uma garota como outra qualquer. Todos a conhecem por ser violenta, impaciente e impulsiva, o que afasta as pessoas dela. Entretanto, existe muito mais dentro dela do que se pode imaginar, cabendo apenas a Daniel descobrir os motivos de sua atitude e seu tenebroso passado.
Mary Cagnin concedeu uma entrevista ao Mais QI Nerds, onde descreveu como é completar uma década de Vidas Imperfeitas. Confira:
Qual a sensação de completar 10 anos de Vidas Imperfeitas?
Mesmo depois de finalizar o arco original, em 2012, anos depois retomei a série com alguns capítulos extras, e hoje estou produzindo mais algumas páginas inéditas pra edição definitiva. Foram dez anos e a sensação que fica é a de “dever cumprido”, o encerramento de um ciclo. Durante esse tempo, muita coisa mudou. Minha visão de mundo, meus conflitos, por isso eu queria mostrar como estaria a vida dos meus personagens depois de uma década, o que tinha mudado. Posso dizer que é uma história sobre amadurecimento, e como todas as coisas boas, merece um final digno. Eu realmente espero conseguir isso com essa edição especial.
Começou de forma muito descompromissada, e eu aprendi muito ao longo de todo esse processo. As primeiras páginas são bem diferentes das páginas atuais e é curioso pra mim notar a diferença. Mas Vidas Imperfeitas é baseado na minha própria experiência e vivência de mundo, apesar dos acontecimentos serem fictícios. Todo mundo já passou pela adolescência, e na época, era um tema muito latente pra mim. Hoje eu quero falar sobre outros temas, mas eu tive sorte, porque os personagens cresceram junto comigo. Isso é o que mais gosto sobre esse projeto, como ele caminhou lado a lado comigo.
O que observa que mudou no cenário de quadrinhos durante esse 10 anos?
Muita coisa mudou. No começo, eu participava de eventos de anime no espaço do “Fanzine Expo”, que carregava esse estigma de ser uma área de amadores, mesmo quando muitos artistas ali já levavam a sério seu trabalho. Muitos dos meus colegas da época seguiram a profissão, e acho muito legal reencontrar eles em grandes eventos de quadrinhos hoje. Mas a principal diferença pra mim é o destaque da área de artistas em eventos como CCXP, FIQ, Bienal de Quadrinhos, entre outros. Todo ano, mais artistas se inscrevem e maior é o espaço dedicados a nós. O público, apesar de tímido, também se interessa mais pela produção nacional. O potencial existe, só precisa se aproveitado.
O que sempre quis responder sobre o quadrinho e ninguém nunca perguntou?
#Quadrinhos Mary Cagnin; Vidas Imperfeitas
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