Jonas Zair e Hugo Renan contam seus “Relatos de Sangue”

Um jovem rapaz, aparentemente com uma vida perfeita, surta em um acampamento de formatura, cometendo atos insanos e brutais com vários de seus colegas e professores, antes de ser morto pela polícia. Essa é a premissa de Relatos de Sangue – A Fórmula de um Psicopata. Aparentemente um caso simples para o experiente detetive Christian Sullyvan. Contudo, quando seis meses após o massacre, estranhos eventos começam a ocorrer envolvendo os sobreviventes do acampamento, sendo um a um vai eliminado, Sully pode estar confrontando algo bem mais complicado e sinistro do que esperava.

Lançado pela Editora Skull, o livro é o primeiro publicado em formato físico escrito pelos autores Jonas Zair e Hugo Renan em parceria. Mas, de acordo com eles, muito mais virá em 2018.  Confira as novidades e inspirações para Relatos de Sangue, nesta entrevista exclusiva com os escritores.

Qual a fórmula de escrever sobre um psicopata?

Jonas – A mente de um psicopata é um enigma, mesmo os mais diversos estudos não conseguem revelar com precisão o que se passa na cabeça de um serial killer. E então o desafio de ter que pensar insanamente como um, é o que considero a fórmula.

Hugo – Eu diria que explorar toda insanidade e ousadia da mente sem ter receios da repercussão, pois na vida real psicopatas em série é um tema muito delicado onde vemos coisas que deixam qualquer um aterrorizado.

Sendo um livro escrito a quatro mãos, gostaríamos de saber como é o processo criativo de vocês?

J – Muitos imaginam que é complicado, mas falando por nós mesmos, foi uma experiência ótima! Pois temos uma sintonia muito grande, então em nosso caso, criar acaba se tornando até mais fácil. É sempre uma ideia complementando a outra.

H – Eu creio que é aí que está o nosso forte pois são 4 mãos, porém duas mentes pelo mesmo propósito e isso é muito bom pois surgem ideias aos montes para sentarmos e dialogarmos e tomarmos a decisão de qual caminho seguir.

O livro é único ou terá continuação?

J – Nós temos algumas ideias para isso, embora “Relatos de sangue – A fórmula de uma psicopata” termine com sua história bem resolvida, mas propositalmente deixamos uma pontinha em aberto caso um dia quisermos fazer uma continuação. Claro que isso vai depender do feedback dos leitores que tem sido excelente, então a possibilidade é grande!

H – Possivelmente haverá continuação, é um personagem e uma trama ricos em conteúdo e dá para ser muito mais explorado, já temos em mente algumas coisas, mas sem um prazo, isso fica como suspense.

Quais as inspirações para escrever terror?

J – Muitas coisas! Toda a ficção seja em livros, séries, filmes e jogos envolvendo o tema sempre me chamou a atenção. Além disso eu gosto de causar sentimentos de terror e agonia nos leitores. Seja para os deixarem com medo, ou para que temam pela vida dos personagens. Então pensar nisso me ajuda a ter inspiração.

H – Desde cedo sou apaixonado por games, filmes e séries desse gênero então vem daí, mas principalmente dos games.

Vocês sofrem quando tem de matar algum personagem?

J – Eu não sofro, mas tenho pena em alguns casos em matar bons personagens de grande potencial. Mas se tiver que ser assim para o rumo e crescimento da história, eu faço e pronto!

H – Eu não sofro, eu já logo penso na repercussão que vai dar entre os leitores, e isso me motiva!

Este é o segundo livro escrito em parceria, sendo o primeiro Os implícitos Craig e Desmond, livro de ação publicado pela plataforma Wattpad. O que apontam como diferença deste primeiro trabalho para Relatos de Sangue?

J – Praticamente tudo! Hoje somos muito mais maduros tecnicamente falando. A cada escrita feita e livro lido, adquirimos mais conhecimento, e isso reflete diretamente em nossas técnicas. É impossível nós mesmos não notarmos o quanto mudamos de uma obra para a outra.

H – A maior diferença que eu vejo é em relação ao profissionalismo e experiência. pois os implícitos fomos produzindo desde a adolescência começando de uma brincadeira. já “relatos” foi feito já com toda nossa experiência e amadurecimento como algo bem mais sério.

Alguma possibilidade de publicação de “Os implícitos Craig e Desmond”?

J – Não é algo que esteja nos planos por agora, mas é possível sim, claro que será necessária uma reescrita com nossas técnicas e conceitos atuais para ficar profissionalmente bom.

H – É possível sim. É uma possibilidade que volta e meia cogitamos, pois, apesar de precisar de muitos ajustes, mas é um material muito bom que tem como tirar proveito sim.

Quais os planos para 2018?

J – O plano principal é trabalhar muito na divulgação de “Relatos”, participar de muitos eventos, e fazer com que conheçam o mundo desse psicopata que trabalhamos duro para dar vida! E também tenho os meus planos pessoais que é o lançamento de meu livro “O telefonema que não fiz” na Amazon, e terminar um outro que estou escrevendo para publicá-lo em físico no fim do ano. Fora os lançamentos de vários contos que irei soltando durante o ano.

H – O plano principal é investir e dar seguimento no lançamento de “Relatos” com muitos eventos, mas podemos ter novidades por aí.