M. Pattal se aventura no gênero da fantasia com Adelphos – A Revelação (Editora Pendragon). Repleta de ação e reviravoltas, o livro que inicia a saga conta a história de Enzo, Mila e Dan, três adolescentes com deficiência física que acreditam ser possível competir em iguais condições com os demais Atletas Olímpicos. Enzo é surdo e treina na modalidade Tiro com Arco. Mila tem glaucoma de nascença e treina na Ginástica Artística, enquanto Dan usa uma prótese na perna esquerda para treinar no Atletismo. De uma forma inesperada, após o contato com uma luz misteriosa, eles são transportados para um mundo fantástico e em meio a busca por voltar para casa, eles se vêem diante de grandes perigos.
Para contar mais sobre Adelphos, M. Pattal concedeu uma entrevista exclusiva ao Mais QI Nerds.
Confira:
Como surgiu Adelphos?
Como eu já havia escrito 4 Romances Dramáticos, pensei em me aventurar por um gênero diferente. A partir daí comecei a fazer alguns rascunhos no papel sobre que tipo de Mundo eu criaria e as características de cada uma das 12 Terras deste mundo, tais como perfil dos habitantes, questões geográficas, clima, moeda, economia, entre outros. Quando tudo isso ficou, de certa forma, claro em minha mente é que comecei a escrever de fato esta Fantasia.
Como surgiu a ideia dos protagonistas possuírem algum tipo de deficiência?
Acredito que todo escritor tem a oportunidade de contribuir com alguma causa no mundo ou tratar de assuntos relevantes para a sociedade em geral, como questões sociais, inclusivas, etc. Então pensei em abordar a pessoa com deficiência em um contexto de mundo fantástico, pois não me lembro de ter lido algo do tipo. Este foi o que chamo de elemento excepcional da estória, algo que foge do comum. E acredito que tenha dado certo.
Como é seu processo criativo?
Primeiro surge uma ideia para contar uma estória e depois acrescento um elemento dramático à vida do protagonista, bem como algum conflito o qual ele precisará superar para alcançar seu crescimento ou transformação. Essas são ideias gerais, mas o enredo vai sendo desenvolvido conforme sento à frente do notebook e começo a escrever. Não faço um planejamento prévio do que vai acontecer em cada capítulo. Prefiro conduzir a estória como se fosse um rio que acompanha cada sinuosidade do caminho.
Quais são são suas influências literárias?
Série Vaga-Lume. Principalmente os livros de Marcos Rey, que me influenciaram tanto no gênero preferido de leitura (Romance Policial), quanto na escrita, pois sempre incluo algum tipo de mistério nos meus livros. Mais recentemente, Dan Brown.
O livro é volume único ou haverá continuação?
A ideia era escrever uma trilogia, ou até mesmo 4 livros. Tem ideias para pelo menos mais dois. No entanto, não tenho previsão para concluir a estória, uma vez que precisei me dedicar a outros projetos que estavam atrasados. É possível que em 2018 eu comece a escrever o livro 2. Vamos ver.
Por que a maioria das pessoas que leram Adelphos o consideram um livro inspirador, já que se trata de uma Fantasia?
O motivo é que procurei incluir no enredo valores e temas que considero importantes, e que parecem estar em “extinção” hoje em dia, como o valor da amizade, da família, de fazer o bem ao outro, o respeito às diferenças, a importância do perdão, a reflexão sobre questões emocionais e/ou existenciais, entre outros. Acredito que o leitor se identifique com esses valores/temas e seja inspirado a agir ou reagir conforme um personagem do livro; protagonista ou secundário. Ou até mesmo levando como lição para a sua vida os erros e acertos destes mesmos personagens.
#Livros
A Revelação; Adelphos; Editora PenDragon; Entrevista; M Pattal
