A graphic novel Até o Fim, publicação do selo Geektopia, da Editora Novo Século, traz o questionamento: “A morte é o fim?”
Com roteiro de Eric Peleias, desenhos de Gustavo Borges e cor de Michel Ramalho, a HQ foi uma das selecionadas pelo Proac, do Governo do Estado de São Paulo
Na trama, Lilian e seus amigos sofrem um acidente de carro e ela faz um acordo para poder voltar à vida: precisa escolher o destino adequado para a alma de cada um dos seus amigos antes do sol nascer.
Para saber mais sobre a graphic novel, batemos um papo com Eric Peleias e Gustavo Borges.
Confira:
É o primeiro trabalho conjunto de vocês?
Eric: Sim. Nós já vínhamos discutindo algo para fazermos juntos há mais tempo e quando surgiu a ideia de Até o Fim decidimos que seria esse. Durante o processo nós afinamos tanto que já estamos conversando sobre fazer outros assim que possível (aguarde, vem novidade por aí).
Como surgiu a ideia do quadrinho?
Eric: A ideia de explorar diversos entendimentos sobre a vida após a morte surgiu quando eu estava em um ônibus que fez uma curva arriscada. Pensei que podia ter morrido junto com estranhos e me perguntei se todos iriam para o mesmo lugar ou cada um iria para o destino que acreditou durante a vida. Contei essa premissa para o Gustavo, que curtiu e fomos em frente.
O que o leitor pode esperar em Até o Fim?
Eric: Uma história de fantasia e aventura sobre coragem, esperança, união e, sobretudo, possibilidades.
Como foi realizada a escolha da paleta de cores? Por que utilizar o azul?
Gustavo: Queríamos sintetizar o conceito e clima da HQ na estética visual, e a escolha do azul veio por querer dar uma impressão de imersão no ambiente espiritual em que eles estavam.
A pergunta mais difícil: Para vocês, A morte é o fim da vida?
Eric: Para mim é o fim da vida como a conhecemos, mas não da vida em si.
Gustavo: Para mim a vida, que é uma sorte extrema na probabilidade de existirmos, é o suficiente. Se houver mais depois, lucro.
Jornalista. Sonho em me tornar uma mistura de Lizzie Bennet e Tracy Whitney, tirando a parte fora da lei. Ler e escrever são o que mais gosto de fazer. Fico nervosa sem um livro na bolsa ou quando não acho caneta e papel quando a inspiração vem. Tenho sonhos a lá filme de Spielberg e ilusões amorosas por Mr. Darcy.