Conheça ‘Ugritos’, os gibis de bolso da UgraPress

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Ugritos são os gibis de bolso da Ugra Press, loja de quadrinhos paulistana. A cada dois meses sai um novo, com um autor diferente e uma história inédita.

 

“Os quadrinhos brasileiros estão num momento de ebulição. Além dos veteranos, muita gente nova está produzindo e o melhor: há muita diversidade e qualidade nestes trabalhos. O público leitor, no entanto, pode ficar um pouco perdido diante da grande oferta de publicações disponível – ainda mais se considerarmos que são poucos os canais de divulgação para as HQs nacionais, especialmente as autorais e independentes. Levando em conta este cenário, nossa proposta é uma coleção que:
– apresente a multiplicidade de estilos e tendências presentes na produção nacional contemporânea;
– seja barata e acessível, de modo que os leitores não tenham medo de arriscar;
– sirva também como um incentivo para os leitores procurarem outras publicações dos artistas participantes.” , contou Douglas Utescher ao Mais QI Nerds. Ele, juntamente a Daniela Utescher, são os criadores da coleção.

 

Um dos critérios da seleção dos artistas é, na maioria das vezes, os que o casal seja fã do trabalho. Porém, segundo Douglas, houve ainda artistas que nem imaginavam topar participar da coleção que se convidaram.

 

“De qualquer maneira, a coleção completou 2 anos recentemente e estamos prestes a lançar a 13ª edição. Considerando o tanto de gente que ainda queremos publicar, ela seguirá firme por mais alguns bons anos!”, disse Douglas.

 

Até o momento, foram 12 edições lançadas.  Saiba um pouco sobre cada uma:

 

 

1 – CRÜ, de Chico Felix

 


O Chico já participou da MAD brasileira, publica esporadicamente a revista Gente Feia na TV pelo selo Prego e o zine Vomitorama por conta própria. Também já apareceu nas páginas das publicações norte-americanas Pork e Maximum Rocknroll, a bíblia do punk rock.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 – GERMES, de Cynthia B

 

 

Cynthia B. é chargista da Folha de São Paulo e já teve seus trabalhos publicados em revistas como Piauí, Tarja Preta e Prego, além de ter criado e editado as duas edições da extinta Golden Shower, uma das melhores compilações de quadrinhos nacionais dos últimos anos. Atualmente, a Cynthia está morando em Angoulême, na França, onde participa de uma residência artística com quadrinistas de diversos países.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 – BASTIÃO DA JUSTIÇA, de DW Ribatski e Gabriel Góes

 

 

“O traço elegante e a ironia fina dos textos do DW somados à arte-final impecável de Gabriel Góes, em um raro momento de parceria criativa. E ambos buscaram pelo mais difícil: a resposta à altura ao absurdo que se tornou o discurso neo-conservador-religioso-liberal-dicotomizante e violento no país. Em uma época onde os termos facista e comunista voltaram à moda, é preciso muito mais do que a ironia fina e o discernimento crítico pra nos defender. É preciso… um herói.”
(Rafael Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 – FURIOSAS, de Rafa Campos

 

 

“Rafa Campos resolveu tirar seu fim de semana para desenhar super heróis. Talvez para desafogar um pouco de suas influências dos velhos quadrinhos. É claro que não poderia faltar aquela espetada nos costumes de nossa sociedade contemporânea, que provavelmente não lhe causam preocupação, mas merecem piadas extraídas de seu caderninho de anotações. Às vezes o que queremos é simplesmente ler um quadrinho de aventura/ação.”
(Tiago Elcerdo)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 – TIME LAPSE, de Thiago Souto

 

 

“Thiago Souto reflete sobre a relação do ser humano com o passado, o presente e o futuro. Em um lapso temporal, seu protagonista vislumbra possibilidades que estão por vir e muitas vidas que deixou para trás. Você tem em mãos o segundo gibi do quadrinista – o primeiro saiu há pouco mais de um ano. Ainda construindo seu presente, Souto tem um futuro instigante.” (Ramon Vitral)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6 – SELEÇÃO NATURAL de Marcatti e André PiJaMar

 

 

“Marcatti foi a minha porta de entrada nas HQs. Eu estava prestes a desistir quando ele me acolheu, publicou meus primeiros zines e me ensinou muito do que sei até hoje. Marcatti é o maior nome dos quadrinhos independentes brasileiros. Pioneiro, radical e subversivo, nos assombra e nos diverte. O carinho e a dedicação com que se entrega aos quadrinhos não se esgota. E isso, garanto, não é fácil. Mestre e generoso com o meu trabalho, foi ele que me incentivou a fazer Transubstanciação, meu primeiro álbum. Do André PiJaMar, que é filho do Marcatti, eu quase troquei as fraldas… Mas sei que, em breve, ele trocará as minhas. Amo esse menino.” (Lourenço Mutarelli)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7 – FIRED, de Ricardo Coimbra

 

 

“Se as pessoas amassem o próximo como o Coimbra odeia gente proativa, o mundo estaria salvo. Gente proativa e tatuagem de mandala, como ele odeia.
Fired é mais um versículo na bíblia que ele está escrevendo sobre esse ser abjeto. Finalmente alguém imortalizou aquele desabafo impotente sobre o filho da puta que veste a camisa da empresa que declamamos para ninguém mais além do nosso copo vazio no balcão do bar.
Se bem que o Coimbra faz isso também” (Arnaldo Branco)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8 –  A MEDIOCRIZAÇÃO DOS AFETOS, da Chiquinha

 

 

“Com segurança de sobra, Chiquinha sai desconstruindo suas próprias inseguranças diante dos olhos do leitor. Em cada balãozinho, se desdobra algum segredo íntimo de sua persona.
E nós acabamos nos identificando aqui e ali com seu mundo caótico de pequenas alegrias, grandes ódios, tristezas abismais e dessa força vital que é o amor.
Essa coisa de essência, talvez brega aos olhos de alguns, mas que, definitivamente, ou nos consome ou nos aproxima de nós mesmos e dos outros.” (Daniel Lafayette)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

9 –  O RETORNO, de Pedro D’Apremont

 

 

“Como integrante da working class, sempre peguei todo trabalho que aparecesse. numa ocasião, precisei de logos ilegíveis para bandas de death metal fictícias (?). Para quem eu pedi? Pedro D’Apremont. Sim, aquele rapaz educadíssimo é só a fachada de um Adorador do Cramulhão. Inclusive deve ter feito um pacto com o Coisa Ruim para desenhar tanto assim.
Bem vindos ao mundo de monsieur D’Apremont: satanismo, camisas pretas, fogo e sacrifício humano.” (Allan Sieber)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

10 – CADEADO, de Juscelino Neco

 

 

“Tento ser uma pessoa melhor, mas então o Juscelino Neco faz essa Cadeado para a Ugra e eu fico aqui cheio de inveja de não ser o editor. Uma joia construída com humor, virtuosismo e sutileza.” (Rogério de Campos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

11 – CULPA, de Cristina Eiko

 

 

Conhecida por suas parcerias com o Paulo Crumbim na cultuada série “Quadrinhos A2” e no volume “Penadinho: Vida”, da Graphic MSP, a autora traz aqui sua primeira HQ solo desde a época em que publicava em zines.

 

“Quando conheci a CRISTINA EIKO, eu lembro de pensar imediatamente: ‘espero que ela seja minha amiga’. E é bizarro ler este quadrinho e ficar desconfortável com ele, porque é o exato oposto de como a Eiko, que é tão amável, me faz sentir. O poder desta história está neste desconforto que ela nos causa e que consegue, em tão pouco espaço, incomodar com tanta intensidade. A Cris é incrível!” (Bianca Pinheiro)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

12 – ARRECÉM, de Diego Gerlach

 

 

“Diego Gerlach é um desses autores que sabem construir histórias com maestria, mas sem deixar pomposo, pra lembrar que isso ainda é quadrinho. Seus personagens parecem reais, de carne, osso e sentimentos mesquinhos. Sim, Gerlach sabe de nós. Sabe o que fazemos de ruim! É dele também a melhor frase pra descrever nossos dias: Fora a distopia, está tudo bem. Artistas assim são raros.” (Weaver Lima)


#Quadrinhos   ; ;


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