“Batman: A Piada Mortal” animação levanta novas polêmicas

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Depois de tanta espera a animação de “Batman: A Piada Mortal” finalmente pôde ser vista pelos fãs no último final de semana na San Diego Comic Con. No Brasil, a premier ocorreu na segunda-feira (25), porém a reação dos fãs não foi a esperada.

 

As críticas negativas acerca da nova animação da DC foram tantas que colocam dúvida sobre a qualidade do filme. Porém, a reação negativa se deu pelo fato de se colocarem muitas expectativas sobre a produção, esperando que “A Piada Morta” fizesse jus a HQ homônima na qual é inspirada.

 

A animação se inicia com uma breve história de Barbara Gordon como Batgirl, embora seja aceitável a justificativa da produção para acréscimo desse extra ao dizer que só o conteúdo da HQ escrita por Moore não seria o suficiente para uma adaptação cinematográfica, a introdução poderia ter sido bem mais interessante. Nesta eles mostram uma Barbara Gordon inconsequente e adolescente, e estreita a relação dela com seu mentor, Batman. Foca-se muito na admiração de Barbara pelo Homem-Morcego e pouco se mostra sobre todo potencial da filha do comissário Gordon como a garota morcego.

 

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É difícil perceber também qual seria a relação entre esse início com o resto do filme, já que a intenção era mostrar porque Barbara Gordon seria alvo do Coringa, como ocorre na HQ. Ser filha do comissário Gordon não seria o único motivo. Na introdução, Barbara persegue um criminoso de Gotham que alimenta certa obsessão por ela. Talvez para comparar a relação que Batgirl leva com esse caso à relação que Batman tem com o Coringa posteriormente.

 

Outro ponto que vale enfatizar  é que, se na HQ existem dúvidas sobre a imagem de Barbara Gordon e o suposto abuso sexual que a personagem tenha sofrido, no filme, ao destacar uma Batgirl objetificada e fetichizada, a dúvida sobre a inserção dessa personagem feminina aos poucos se esclarece.  Segundo Brian Azarello, roteirista de gibis e também da nova animação de Batman, a intenção foi de fato enfatizar as polêmicas em torno da história.

 

Após esse prólogo que dura mais ou menos 30 minutos, começa a história d’A piada Mortal. De fato esperava-se mais da animação, porém esta não é de todo ruim. A fidelidade à HQ é clara, não há como reclamar. Talvez a decepção dos fãs esteja no fato dela não conseguir traduzir a mesma emoção produzida por Alan Moore nos quadrinhos, mas desde os diálogos clássicos a quadros icônicos estiveram presentes nas telonas nessa segunda.

O enredo segue morno até se encaminhar ao confronto final entre Batman e Coringa. A cena final poderia ter se desenvolvido melhor, e faltaram alguns elementos cruciais que estiveram presentes na HQ e davam pistas para a resposta de uma das maiores questões: o homem morcego mata ou não o coringa? Mas se na versão escrita esses elementos ajudam a construir uma certa ambiguidade, na animação a falta desses elementos confirma a teoria de que no confronto final o palhaço do crime acaba com seu destino selado.

 

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A reflexão sobre a loucura e sanidade também permanecem presentes no filme, assim como a piada final contada por Coringa na última página. Se fosse para escolher entre um e outro, a HQ ainda estaria como preferência, inclusive no que se diz respeito a polêmicas e provocações. Esperava-se mais da aurea sombria que paira pela HQ, mas como uma animação do homem-morcego “Batman: A piada mortal” não é tão decepcionando quanto algumas críticas que surgiram ao longo da semana. É interessante assistir sem esperar que se faça jus a história original ou que se tenha grande surpresas. Mas é uma boa animação.


#Cinema   ; ; ; ; ; ; ; ;


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