O que Basquete tem a ver com mangá? Tudo! Seguindo as tendências de mangás como Slun Dunk, que o próprio criador cita como fonte de inspiração, além de Kuroko no Basket e Ro-kyu-bu! , uma produção nacional sobre o tema em breve será lançada. É Angel One, criado por Sérgio “Anjo” em 2000. A publicação do mangá será realizada através de campanha de financiamento coletivo que em breve será lançada no site Catarse e que de acordo com Anjo haverá “ótimas surpresas para recompensas e ninguém vai querer ficar fora dessa.”.
Para conhecer mais sobre a história do mangá e ainda sobre suas influências e processo de criação, Sérgio Anjo concedeu ao Mais QI Nerds uma entrevista exclusiva onde falou do seu começo no mundo dos quadrinhos e ainda do que acha sobre o mercado nacional nos dias de hoje.
Como surgiu a ideia de Angel One?
Cada personagem tem um pouco de cada um dos meus parceiros de quadra, todos eram engraçados, viviam seus dias de cair e os de levantar eram todas pessoas ricas em caráter que poderiam transformar tudo o que eles representavam, em um mundo novo em cada um deles existia um “ás” do basquete. O que diferencia o surgimento da revista é que vem de um sentimento real, de um jogo real dentro das quadras, peladas que acontecem todos os dias e carregam a essência do jogo.
Quais as inspirações que teve para criar uma história com a temática envolvendo basquete?
Desde novo sempre fui apaixonado com o esporte e sempre o joguei, mas o meu primeiro contato com a mistura do basquete e do mangá foi com Slam Dunk que me abriu uma janela para um pensamento e um sentimento, um sentimento de querer expressar também minhas histórias em quadra, transformar todo sentimento e a realidade de um jogo em uma revista.
Você é quem ilustra e roteiriza o mangá, ou mais alguém está no projeto?
O projeto surgiu de um sonho que não poderia ser sonhado por uma pessoa só, e esse sonho foi entao dividido inicialmente por 7 pessoas, cada uma delas tem sua funcionalidade e importância dentro desse trabalho. Esses verdadeiros anjos são Arley, Jade, Monge(Thiago), Vervs (Marco), Walther, Wera (Wemerson) e eu Anjo (Sérgio) que constituimos a equipe principal de realização. Fora isso temos várias outras pessoas que nos ajudam como a Karol de Paula que nos ajuda com nosso Instagram e toda nossa família Angel One que vem dando apoio de várias partes do Brasil.
Haverá o lançamento de uma campanha em site de financiamento para publicação do mangá, algo que se expande cada vez mais no Brasil. O que acha sobre?
Bom, infelizmente hoje não acho que possamos apostar nossas cartas em instituições públicas para projetos como estes, me refiro a isso como um grande jogo de cartas marcadas e os sites de financiamento vem como resposta direcionando o projeto para as mãos certas, as mão de quem acredita no projeto e quem faz ele vingar.
Qual será a data de lançamento da campanha? Em qual site será e já te definida as recompensas?
As datas ainda não estão definidas mas o projeto será lançado pelo Catarse e nós estamos preparando algumas ótimas surpresas para recompensas e ninguém vai querer ficar fora dessa.
Como foi seu início no mundo dos quadrinhos? Quais outros trabalhos você tem em desenvolvimento ou publicado?
Eu sempre acreditei que todo conhecimento que eu conquistei não poderia morrer comigo, então coloquei minhas mãos na massa e decidi dar aula de desenho e Graffiti. Quanto aos projetos, há 5 anos tivemos a ideia de desenvolver uma revista que contasse a história do morro de uma forma diferente, as histórias seriam contadas pelos moradores com a parceria do projeto Fica Vivo e da UFMG fizemos uma história a partir de relatos de dentro e de fora da vida do tráfico nas comunidades e lançamos então a revista Soldado do Morro. Essa revista foi feita por dois artistas mineiros que estão crescendo no cenário, que são Osmar Shotgun (Criador da revista Necro) e eu.
Como você vê o momento atual do mercado nacional de quadrinhos?
O mercado está se movimentando mais do que nunca, muitos materiais novos produzidos nacionais e internacionais que fazem o mercado ser um dos mais fortes e responsáveis por manter o Brasil em segunda posição de maiores consumidores de Mangá no mundo depois do Japão.