“Lamen”: Bola de gude é o tema central do mangá “Digude”

Toda quinta-feira, a partir do dia 23 de julho, o portal Lamen disponibilizará algumas páginas por vez do webmangá “Digude” do artista Vinicius de Souza. A história do mangá é ambientada em um mundo parecido com o nosso, onde o principal esporte é o jogo de bola de gude. Em meio a isso, Di, que odeia o esporte, faz uma descoberta incrível quando seu pai o presenteia com um meteorito.

Vinicius começou a trabalhar com quadrinhos despretensiosamente, após um amigo ter passado uma proposta de trabalho para um site. Esse ano, além de “Digude”, outros projetos do artista criaram forma. É sobre isso e outros temas que o quadrinista falou em entrevista exclusiva concedida ao MAIS QI NERDS.

Confira:

MAIS QI NERDS  – Como surgiu a oportunidade de publicar no Lamen?

Vinicius de Souza – Um dia eu abri a fanpage do Digude para responder os leitores e postar novidades, quando me deparei com um convite para me integrar ao Lamen. Antes disso, nunca tive a pretensão de disponibilizar todos os capítulos de Digude online, tendo em vista que eu já publicava em edição impressa. Achei a ideia maravilhosa e topei. Quando eu vi o time de feras dos quadrinhos que também haviam sido convidados para o Lamen, eu pensei: “Wow! Que incrível!”.

Conte sobre a história de Digude.

Imagine um mundo parecido com o nosso, onde o principal esporte é o jogo de bola de gude e quase tudo gira em torno disso. Di detesta esse jogo, pois sua mãe, que é a imbatível campeã mundial, abandonou sua família para morar na Alemanha, onde ocorrem as defesas de título do esporte. Em um determinado momento, Di percebe que para rever sua mãe, terá de ir atrás dela e, como não pode arcar com os custos de sua jornada, escolhe ir atrás dela através do esporte. Porém, as coisas não vão bem… Di é um péssimo jogador e chega a pensar em desistir, mas seu pai lhe dá o fragmento de um meteorito, encontrado em uma escavação arqueológica, e pede que Di o use nos jogos. Ao usar o fragmento, que não é um artefato comum, Di consegue fazer algo parecido com uma lendária jogada, chamada de “Tecada Certeira”.

Como surgiu a ideia do mangá?

A ideia surgiu quando eu tinha 16 anos. Reunido com amigos de colégio, conversando sobre animes e mangás de esporte, um deles mencionou ter lido um que se chamava “Ilha do Jan-Ken-Po”. Quando ele mencionou isso, nos veio uma chuva de ideias para mangás de esporte com jogos ainda não utilizados e no meio desse brainstorm, surgiu Digude. Na época, eu comecei a fazer algo, mas não tinha uma construção boa de personagens e trama, então, somente 6 anos depois, eu comecei a construir os personagens e história de Digude seriamente.

O mangá tem publicação em formato impresso?

Digude já é publicado de forma impressa desde seu lançamento em 2009. Os volumes são feitos em formatinho e possui 1 capítulo em cada número. A novidade, é que este ano pretendo fazer uma edição encadernada em formato tankobon, próximo de 200 páginas, onde terão os 5 primeiros capítulos e um extra inédito. Para isso, irei contar com novos e antigos leitores ao abrir uma campanha de financiamento pelo Catarse.

Em quais outros projetos tem trabalhado?

Tenho uma história chamada “Heros”, com enredo cheio de ação e aventura. Este ano, fiz uma comédia romântica bastante louca, que enviei para um concurso de mangás, aguardando os resultados. Também tem histórias que desenhei em equipe, como exemplo, “Sammuel” e “Você herói”, escritas por Gabriel RS, com nanquim e cores de Daniel RS. Estas estão em fase de acabamento e devem sair no 2º semestre deste ano.