“O Clã dos Quatro Guerreiros”, de Diego Martins Ribeiro

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Sinopse: Quatro jovens com aparentemente muito pouco em comum seguem em um antigo carro vermelho-sangue por uma estrada deserta. Nada indica que qualquer tipo de perigo possa estar em seu caminho naquela pacata noite. No entanto, após se depararem com uma esfera de luz e sofrerem um estranho acidente, Gabriel, Henrique, Débora e Beatriz acordam em um lugar desconhecido, onde tudo parece possível. Em meio a personagens e paisagens surreais, como o monte de rochas flutuantes e a perigosa fera da Gruta Sombria, eles encontram pistas de como podem voltar para casa, e se assombram com as coincidências que envolvem sua chegada a Enoua, como se essa já fosse esperada por alguém misterioso.

Em uma incrível jornada que os fará conhecer mais sobre si próprios e aqueles que sempre estiveram a sua volta, eles irão descobrir que Enoua não é simplesmente um mundo distante, e que é preciso muito mais do que armas raras, amuletos cheios de segredos e armaduras indestrutíveis para se tornar um verdadeiro Guerreiro.

 

Diego Martins Ribeiro, em seu livro de estreia “O Clã dos Quatro Guerreiros”, não apenas criou uma história de fantasia plausível, como  também um novo mundo com diversas possibilidades e  histórias para serem contadas. Assim, este primeiro livro é apenas o começo. E como ponto de partida,  muitas coisas tem de ser explicadas, Enoua tem muitas regras, seus habitantes e lugares características muito distintas e assim começamos a conhecer o plano de fundo da história e parte integrante dela. As primeiras dificuldades superadas pelo escritor estão aí,  a aventura é ambientada em um lugar totalmente criado pela imaginação de Diego e sendo assim, teve de ser explicado, o que não interferiu no ritmo da narração. As explicações e descobertas de tudo que Enoua representa e tem é assimilada ao  passo que Beatriz, Débora, Gabriel e Henrique, personagens principais da história vão explorando.

 

A aventura é excitante, com diversos perigos e lugares a descobrir. Os jovens apresentam personalidades diferentes e é quase certa a identificação com algum deles em algum momento. Isto é reforçado por conta da falta de definição da nacionalidade ou regionalidade dos personagens, apresentando apenas algumas características do lugar de origem,  podendo assim instigar a imaginação do leitor ao achar que aquela história poderia facilmente estar acontecendo em qualquer cidade pequena que visitaram ou vivem, no Brasil ou em qualquer outro país.

 

Com narrador onipresente (tudo sabe, tudo vê),  a história conseguiu dividir-se entre os quatro personagens principais igualmente, sem apresentar destaques entre eles a não ser quando preciso, mesmo assim os outros não são esquecidos. O título da história não mente ao dizer que trata-se da aventura de um clã, apresentado com igual atenção e destaque. Uma aposta ambiciosa do autor, já que diversos livros do gênero optam por destacar apenas um personagem.

 

A saga apresenta todos os elementos de uma boa história de fantasia, personagens com características bem definidas, um mundo fantástico a ser explorado e uma lógica própria, além de um final que deixa o leitor com uma grande expectativa do que virar a seguir. A narração é amarrada, todas as coisas tem um por quê de ser, dentro da lógica de Enoua é claro, e depois que o leitor consegue entender essas peculiaridades, consegue entrar e se aventurar junto aos personagens. E claro, a aventura empolga e o que está por trás da ida dos jovens a um lugar tão fascinante e desconhecido impulsiona a busca deles pelo retorno ao lar, assim como atrai o leitor  página a página a desvendar este mistério .


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