Criado por Francylene Silva - 17 de março de 2015 às 19:42
“Maxine”, personagem de Reginaldo Nakamura, é uma super-heroína com um passado intrigante. Desmemoriada, ela encontra um misterioso uniforme e adquiri habilidades especiais. Porém a moça, ingênua, tem a necessidade de reconhecimento, de admiração e afeto e acaba sendo seduzida pelo mundo da fama. Iniciando a vida adulta, ela tem de lidar com o assédio da imprensa, uma série de compromissos que exploram sua imagem de garota atraente, além das investidas sexistas dos seus adversários. Em meio a tudo isso ela tenta ainda conciliar essa vida agitada com os seus relacionamentos afetivos, enquanto, gradativamente aspectos importantes são revelados de seu misterioso passado.
Nakamura, em entrevista concedida ao Mais QI Nerds, disse que a ideia da HQ surgiu com a proposta de mostrar aspectos e contextos que normalmente não são explorados por quadrinhistas de super heróis. “Imagem Pública, segue a premissa de que se super-heroínas como a Maxine existissem em nossa realidade, elas de alguma forma seriam consideradas celebridades e teriam de enfrentar as mesmas situações de exposição de imagem que vivenciam modelos, cantoras e atrizes famosas. A partir daí não foi difícil pensar em temas que se encaixassem nessa proposta”, explicou. Porém, a criação da personagem foi um tanto quanto casual. Reginaldo na verdade, estava pensando em outra história (que não chegou a concluir) e precisava elaborar um visual de super heroína, assim este serviu ao elaborar Maxine.
Quando perguntado sobre como surgiu a parceria com Alan Campos, Reginaldo explicou que não achou que tinha recursos para colocar no papel aquilo que precisava para retratar a história, mesmo sendo o responsável pela criação do visual da heroína e que amigos gostassem de seus desenhos. Então contatou o Alan, que havia conhecido os trabalhos pelo DeviantArt. “Alan era um artista muito mais capacitado para dar vida a essa história e que já tinha feito para mim algumas ilustrações da Maxine, como essa que é capa do primeiro número da revista. De qualquer modo, continuo praticando e quem sabe em um futuro próximo uma ou outra história da Maxine não seja ilustrada com os meus próprios desenhos”, disse Reginaldo.
Os quadrinhos foram o grande motivo para que Reginaldo começasse a desenhar. A primeira tentativa de produzir algo surgiu juntamente com o movimento de fanzines que tomou contato no início dos anos 90. “Na época, eu era garoto e cheguei a montar meu próprio fanzine com o auxílio de alguns colegas de trabalho. Chegamos a produzir dois números. Depois disso, fiquei um bom tempo afastado das publicações independentes, retornando a entrar em contato com o pessoal que vem produzindo algo mais recentemente”, falou Reginaldo, que no momento se dedica exclusivamente a Maxine.
Ele ainda dá dicas sobre o que um super herói deve ter. “Procure fugir do estereótipo da figura do “herói”. Embora, em alguns momentos e algumas circunstâncias todos nós possamos ser exemplos de coragem e nobreza, seres humanos reais não são todo momento assim. Não importa de qual gênero de história esse herói seja, antes de tudo ele deve ser humano. Deve possuir algumas virtudes e fraquezas que todos nós temos e experimentamos ao longo da vida.”
Reginaldo terminou a entrevista deixando um recados para os que se aventuram na produção de quadrinhos. “Nunca desista e sempre estude, pratique e procure aperfeiçoar o seu trabalho. Ao pensar em uma história não fique restrito só à zona de influência dos quadrinhos, assista bons filmes, leia bons livros, esteja sempre atento aos recursos utilizados por artistas dos mais diversos meios e tente trazer um pouco disso para os quadrinhos”, concluiu.
O primeiro número da revista da “Maxine”, com os primeiros episódios da história Imagem Pública, pode ser adquirida entrando em contato com Reginaldo Nakamura ou com o Gil Mendes pelos e-mails: reginaldonakamura@hotmail.com e universoeditoraindependente@gmail.com
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