Criado por Francylene Silva - 10 de novembro de 2014 às 14:27
“Interestellar”, ficção científica de Christopher Nolan, não desaponta, mas após tantos filmes sobre salvar o mundo e viagens ao espaço encontrou no cinema um público mais exigente. Percebemos um filme feito em três fases, a primeira, mais arrastada tenta contextualizar o período em que a Terra está e as dificuldades que está passando, em outra, a esperança, a busca pela única solução possível e a última, o ápice se apresenta em uma reviravolta e uma série de conexões das pontas soltas por toda a história.
O interessante e, em que o filme peca é no mesmo ponto, no começo por motivo de contextualização e na tentativa, válida, de dar mais realismo a história por conta da “fidelidade científica”, se gasta muito tempo em explicações. Mas como nem todo mundo é cientista, explicações necessárias, mas que acabam por deixar mais lento. Foi na terceira parte, cuja a “imaginação” de Nolan junto com o irmão, Jhonatan Nolan, ficou mais aflorada que é de onde surgem as críticas. Como acrescentar realismo a um ponto ainda não desvendado até mesmo pelos cientistas? Neste ponto, até mesmo os dois tiveram o tato de colocar propostas cabíveis, baseadas em ciência real, a maioria ainda não comprovadas e ainda muito complexas para o entendimento de todos.
Outro ponto explorado pelo filme é a reação de uma pessoa em momentos de pressão ou em busca de sobrevivência,mas serviu para humanizar os personagens, e fazer o público rezar para que a NASA real selecione melhor com quem trabalha . Os personagens apareceram como simples elementos secundários de uma história maior, não causando aproximação com o público e nem conseguindo entrelaçar reais relações na história, mesmo com o destaque de relacionamento de pai e filha . O filme quase caiu na pieguice em cenas onde em vez de sentimentalismo era necessário um ato de coragem, e a “força” do amor acabou por diminuir a oportunidade de o filme se tornar um épico.
A estética visual do longa é impecável, fazendo jus a produções anteriores do diretor, e a trilha sonora, assinada pelo compositor Hans Zimmer, que já havia trabalhado com Nolan em A Origem (Inception) em 2010, consegue transmitir emoção e aflição nas horas certas.
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