Criado por Lizandra Lili - 18 de agosto de 2014 às 23:56
Hoje vamos falar do mangá, também adaptado para anime, que mais causou sensação nos anos 90.Inuyasha foi escrito e ilustrado por Rumiko Takahashi, a mesma autora de Ranma ½, e publicado em 1996.
[Este conteúdo contém spoilers!]
Recentemente terminei de ler o mangá e tenho que confessar que me decepcionei com o final dele. Por que ele me irritou tanto? Simples. Quando li senti que estava lendo uma fanfiction muito boba e infantil. O vilão é derrotado, o mocinho fica com a mocinha (ele ficava enrolando a Kagome. Se eu fosse ela já teria mandado ele cair na real) e todo mundo consegue um final feliz.
Talvez estivesse com expectativas altas demais ou não peguei o espirito da coisa. Nada contra finais felizes desde que sejam bem escritos e, realmente, o final do mangá parecia algo bem fanfiction. Sem contar com os OTP (One True Pairing) que todos gostam se tornando cannon.
Confiram as minhas considerações sobre Inuyasha e vocês entenderão onde quero chegar.
A história fala sobre Kagome, uma menina normal que é sugada pelo poço magico da família e acaba sendo levada para um Japão alternativo onde monstros vivem à solta. Lá ela se une ao meio demônio Inuyasha para recuperar a joia de sete almas.
Ao longo do caminho podemos conhecer personagens como Sango, uma exterminadora de demônios que teve toda a sua família morta pelo vilão principal, Miroku, um monge (safadinho) que tem uma maldição e está correndo contra o tempo para se recuperar, Shippo, um menino meio raposa que teve seu pai morto (maior estilo rei leão) e a velha Kaede, uma senhora que é líder de um vilarejo. E não podemos esquecer o irmão de sangue do Inuyasha, Sesshomaru, que é 100% demônio e vive de boa com isso.
Certo, agora vamos olhar para o que cada personagem dessa história quer e que fim cada um conseguiu alcançar:
Sango quer vingar a morte de seus familiares pelo demônio Narake, mas ela não consegue fazer isso. O que irrita, pois ela é uma exterminadora de demônios. Mas, como já era esperado, quem salva a pátria tem que ser o protagonista…
Como todo mangá tem que ter um pervertido (não me perguntem o porquê), em Inuyasha Miroku é quem exerce este papel. Ele assedia todas as mulheres (literalmente todas!) e para desculpar esse comportamento dele o mangá nos conta que ele tem uma maldição terrível e que ele irá morrer em breve (além de ser criado por um pervertido).
Shippo quer ser um guerreiro forte, o que também não acontece. No final ele virou apenas um garotinho fofinho do grupo. (Para quem curte existem fanfictions para remediar isso)
Kaede é sossegada na vila dela e acaba adotando uma menina que andava na companhia do Sesshomaru. O nome da garotinha é Rin (nada a ver com Naruto).
Sesshomaru tinha inveja do irmão pois o pai deixou uma espada maneira para ele e Sesshomaru se achava no direito de tê-la
mais que o irmão. No entanto, com o desenvolvimento da história ele acaba aceitando isso e se conforma com a sua própria espada que cura pessoas.
Kagome passa por um triangulo amoroso (muito chato por sinal) entre Inuyasha e Kykyo. Os dois no passado foram amantes, mas o demônio Narake os separou por puro ciúmes. É como dizem o ditado, “hoje em dia um relacionamento não é apenas entre duas pessoas, tem também os invejosos que querem separar o casal”.
Já Inuyasha a princípio queria tomar a joia para se tornar um demônio completo. Depois tentou usá-la para virar humano e no fim se aceitou numa boa (e ficou com a Kagome).
Enfim, não gostei do final, mas está na média dos shonens que já li. Dou ao mangá de Inuyasha a nota 6,5, pois acredito que o enredo era bom e poderia ser melhor trabalhado, principalmente os personagens que compõe ele. Vocês concordam ou não?
#Quadrinhos Inuyasha; Rumiko Takahashi
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