Criado por Jannayna Pereira - 30 de janeiro de 2013 às 23:51
Lançada em 11 de outubro de 1905, a revista “O Tico-Tico” é considerada a primeira revista em quadrinhos do país, concebida pelo desenhista Renato de Castro, tendo o projeto sido apresentado a Luiz Bartolomeu de Souza, proprietário da revista “O Malho”. Os primeiros números traziam o personagem Chiquinho, que era a versão nacional de Buster Brown, criado por Richard Outcault.
O formato de “O Tico Tico” foi inspirado na revista infantil francesa La Semaine de Suzette; a personagem Suzette foi publicada na revista brasileira com o nome de Felismina; Bécassine, outra personagem da revista, foi chamada de Chiquita. A revista teve a participação de Angelo Agostini, que criou o logotipo e ilustrou algumas histórias da revista, além da colaboração de artistas de renome como J. Carlos (responsável pelas mudanças gráficas da revista em 1922), Max Yantok e Alfredo Storni.
Também figuraram na revista “Reco-Reco”, Bolão e Azeitona de Luiz Sá, Lamparina de J. Carlos, Kaximbown de Max Yantok, Max Muller de A. Rocha, entre outros. Em 1930, alguns personagens das tiras americanas foram publicados na revista como Mickey Mouse (chamado de Ratinho Curioso), Krazy Kat, (chamado de Gato Maluco) e Gato Félix. J.Carlos foi o primeiro desenhista brasileiro a desenhar personagens da Disney nas páginas de “O Tico-Tico”.
A revista foi perdendo popularidade a partir de 1930, na medida em que surgiram os suplementos de quadrinhos publicados em jornais, e diversas revistas em quadrinhos surgidas nessa época. Na década de 1950 investiu no humor gráfico, publicando cartoons de artistas como Bosc, Sempé e Jean Giraud (que anos mais tarde ficaria conhecido como Moebius). A revista foi publicada até 1957, após isso “O Malho” publicou edições especiais com o título “O Tico-Tico Apresenta” até 1977.
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A primeira história em quadrinhos surgiu em 1823, em Boston. Era um almanaque que, ao lado de anedotas e passatempos, incluía a novidade. A primeira revista cômica em quadrinhos foi a Yankee Doodle, que surgiu em 1846, em Nova York. Em 1895, o americano Outcault introduziu o uso dos balões, trazendo o diálogo para o meio do quadro. Em 1897, surgiu a onomatopéia, ou seja, palavras e sinais representando ruídos e sons, a ideia foi de Rudolph Dirks.
Com o tempo, nasceram mais personagens nacionais como Mônica e Cebolinha, de Maurício de Souza. O Pererê, de Ziraldo, marcou a população adolescente dos anos 60. Pelo mundo todo surgiram personagens inesquecíveis. O camundongo Mickey, criado por Walt Disney, conquistou a todos com sua simpatia. O pré-histórico Brucutu seguiu a linha dos heróis grosseiros e invencíveis. Fantasma, Super Homem, Capitão Marvel e tantos outros firmaram definitivamente o gênero no panorama mundial.
#Quadrinhos A. Rocha; Alfredo Storni; Angelo Agostini; Bécassine; Bolão e Azeitona; Bosc; Buster Brown; Chiquinho; Chiquita; Felismina; Gato Félix; J. Carlos; Jean Giraud; Kaximbown; Krazy Kat; La Semaine de Suzette; Lamparina; Luiz Bartolomeu de Souza; Luiz Sá; Max Muller; Max Yantok; Mickey Mouse; O Malho; O Tico-Tico; Outcault; Reco-Reco; Renato de Castro; Richard Outcault; Rudolph Dirks; Sempé; Yankee Doodle
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