Resenha: “Unay”, coletânea em quadrinhos explora diversas vertentes do terror

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Unay é uma coletânea em quadrinhos cujo conceito se mostra tão interessante quanto a sua execução. Desde sua apresentação, assinada pelo roteirista Carlos Felipe Figueiras, ela é claramente apresenta tendo, dentre de histórias distintas, um ponto em comum: a exploração do terror por diferentes vertentes e em diferentes tempos.
 

As quatro histórias de terror, ilustradas por Daniel Araújo, João Miranda, Erik Judson e Diana Doria, cada, tem ambientações, estilos e escolhas narrativas diferentes. E deixa claro que apesar de todos os roteiros serem de Carlos, os artistas tiveram um grande espaço criativo.
 
 
 

 

XVI

 

Daniel Araújo reveza entre traços suaves e marcados para salientar a transição dos pontos de vista da narrativa, que misteriosamente vai se revelando página a página.
 

A história se passa no século XVI, quando os últimos Incas se mudam para uma terra distante em busca de salvação.
 


 

XIX

 

Ambientada na época da escravidão no Brasil,  João Miranda apresenta uma arte trasngressora e livre para retratar a fuga de um homem negro em meio a uma revolta de escravos.
 

Utilizando de flashbacks para contextualização, a história gore, brinca com o grotesco em uma narrativa envolvendo magia de matrizes africanas.
 


 

XX

 

Partindo de uma cena cotidiana, quatro desconhecidos apenas têm em comum estarem partilhando do mesmo vagão de metrô.
 

A trama, que conta com arte expressiva de Erick Judson, vai se apresentando aos poucos, em uma tensão crescente, culminando em um climax instinto e provocante.
 


 

XXI

 

Pessoas comuns, vivendo suas vidas, com suas provações e descobertas, com seus sentimentos e relações. O que poderia ser mais assustador que a vida? O inevitável!
 

A trama, com traços mais em estilo mangá de Crow Kid, prende na angustia do que virá, com o entendimento do verdadeiro terror postergado pela apresentação de diversos personagens sem aparentemente qualquer ligação entre si. Aparentemente.
 


 

Os bônus do quadrinho é um deleite para aqueles que se interessam por processo criativo. Não apenas a cada história Carlos Felipe conversa com o leitor sobre o surgimento da ideia e escolhas do artista responsável, como ainda ao final da edição há um espaço reservado a mostrar os bastidores de Unay, com estudos, trechos do roteiro e comentários.


#Quadrinhos   ; ; ; ;


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