Resenha: “O Livro do Destino”, de Raphael Miguel

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De acordo com o dicionário Micaelis o termo “destino” se refere, entre outras definições à:1 Encadeamento de fatos supostamente fatais; fatalidade. 2 Circunstância de ser favorável ou adversa às pessoas ou coisas esta suposta maneira de ocorrerem os fatos. 3 Fado, sorte. 4 Objetivo, fim para que se reserva ou destina alguma coisa. 5 Lugar a que se dirige ou para onde é expedida alguma pessoa ou coisa. 6 Entidade misteriosa que determina as vicissitudes da vida.

 

Em sua obra de estreia “O Livro do Destino”, o autor Raphael Miguel apresenta uma história exatamente sobre a busca pelo entendimento dos elementos que definem a vidas de todos. Para tal, ele utiliza de uma história pouco complexa em base, poucos personagens, poucos cenários, para discorrer e desenvolver um questionamento que sempre afligiu o ser humano e é bastante amplo, sobre o que é o destino. Com isso, somos guiados a uma aventura que coloca em voga o que poderia acontecer se fôssemos capazes de alterar a nossa própria sorte.

 

 

livro do destino

 

Eric Dias, um pacato garoto de dezessete anos, recebe de seu avô um livro capaz de alterar o destino das pessoas. Esse é o estopim para uma narrativa que se manifesta como um paralelo da nossa própria realidade. Essa busca do ser humano por respostas quanto as forças que regem a nossa vida é algo ainda não decifrado, ou que talvez, permanecerá como um dos grandes mistérios da humanidade.

 

Outro ponto interessante da obra é que ela explora a tese de diferentes universos paralelos em sua narrativa, a chamada teoria do multiverso, tanto explorada por físicos, ou seja, algo que apesar de já utilizado na literatura, tem um embasamento em estudos reais. Será que em outra dimensão, o nosso destino seja diferente?

 

Eric mais que lidar com tudo que o livro do destino traz, passa a ter questionamentos sobre o próprio comportamento mediante a tamanha responsabilidade que alterar o destino das pessoas apresenta, o que reflete em sua vida pessoal, como na relação com a mãe e o irmão. Com isso é levantado diversas questões envolvendo livre arbítrio, fatalidade e consequências, já que para toda ação, uma reação ocorre.

 

Para auxilia-lo, um guardião se apresenta a ele logo quando recebe o livro, Nathaniel, que explica as regras de uso, porém não interfere diretamente em suas escolhas. Em contrapartida, temos o pessoal d’A Marca, organização que tenta a todo custo conseguir o livro para assim mudar o curso da humanidade. Porém,o interessante é que esse conceito de bem e mal é lidado como uma diferença de ideologias, o que acaba por deixar os personagens mais críveis.

 

Raphael Miguel fez a escolha certa em desenvolver uma história concisa, contudo, de profundidade suficiente a nos fazer refletir durante e após a leitura.


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