Solidariedade em meio a guerra em “O Jogo das Andorinhas”

Zeina Abirached nasceu em Beirute, no ano de 1981. De uma família libanesa cristã, tinha apenas 10 anos quando a Guerra Civil Libanesa (1975 – 1990), entres cristão e muçulmanos, acabou. Dela, se lembra da noite que os país saíram de casa para visitarem a avó em outro ponto da capital, e de como ela e seu irmão mais novo se sentiram quando os bombardeios se intensificaram e pairava a incerteza do retorno deles.

Toda essa aflição foi retratada na graphic novel “O Jogo das Andorinhas – Morrer, Partir, Retornar” que mais que relatar o horror da guerra, revela ainda que ela esconde histórias de solidariedade com a introdução de diversos personagens que juntos, formam como uma rede de proteção emocional para as crianças, nesse momento de tensão, com jogos, brincadeiras e conversas.

A técnica utilizada para contar a história inclui preto e branco chapado, sem cinza ou hachuras, balões com recordações, onomatopeias e transições de quadro, além da quadrinista transmitir os sentimentos mais profundos dos personagens, sendo a arte extremamente expressiva.

O prefácio conta com texto de Trina Robbins, desenhista e escritora ícone do movimento underground entre os anos 1960/70.