Resenha: “O Mistério do Trem Azul”, Agatha Christe

A resenha de hoje faz uma imersão em um romance policial. O livro ‘O Mistério do Trem Azul’

de Agatha Christe desvenda um crime com astúcia, sutileza e muito suspense, tudo o que um bom romance do gênero deve conter. A narrativa descreve a estória de Ruth Kettering, filha do milionário Ruffus Van Aldin.

Com o narrador intrigante e participativo, o romance expõe um matrimônio em crise, além de personagens clandestinos que viviam de pequenos golpes, porém  jóias cobiçadas definem o limiar de toda a trama.

O milionário americano seguro de si, consegue as jóias de modo pouco convencional e presenteia sua filha, Ruth, com tais tesouros. Porém, todos os procedentes e mimos dedicados a moça não abasteciam sua felicidade interior.
Casada com Derek, num casamento mais figurativo que próspero.

Aparências por vezes enganam e escondem atitudes e gestos obscuros, o ser real e desconstruído em meio a encenação imediata. Se faz, necessário observação atenta para identificar a verdade.

Mais que simples jóias é preciso reluzir o que se é realmente. Muitos personagens deste fascinante romance, num primeiro momento, só aparentavam personas de si ao passo que deveriam ir além e buscar sua própria essência. Foi o caso de Katherine, que deseja algo maior do que sua realidade, e foi atendida. Se viu como peça imprescindível daquele terrível crime.

O palco principal da tragédia é o luxuoso trem azul. Muitos suspeitos, provas soltas pelo ar e um quebra a cabeça a ser solucionado. A figura do detetive Hercule Poroit persuasivo e inquietante busca encadear cada peça para o desfecho final.

O resultado é um emocionante final e um assassino pouco provável visto superficialmente, mas através das hábeis mãos e genialidade da autora nos leva ao êxtase, como num filme altamente emocionante e não se pode perder uma cena.

O livro expressa que não podemos, jamais ser apenas espectadores da vida, pelo contrário temos de ser protagonistas de nossas batalhas, vitórias, frustrações, sonhos, emoções e aventuras, pois a vida assim como o trem sempre continua.