“Lamen”: Kari Esteves apresenta seu mangá “S.P.Y. Project”

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Única representante feminina nesta primeira leva de artistas do portal de webmangás nacionais Lamen, Kari Esteves lança nesta quinta-feira, 23 de julho, o mangá Spy Project, romance ambientado em um futuro distante.

 

A trama gira em torno de Karen, que deseja ter liberdade de escolha, sem que seja limitada por regras. Frustrada por ser obrigada a ser combinada geneticamente (uma espécie de casamento do futuro) com um homem que ela nem ao menos conhece. A escolha imposta com o objetivo de cumprir uma missão, foi feita por Karen e Ricardo serem os mais compatíveis geneticamente. Aos poucos ela descobre que o rapaz, que é 1º Tenente da S.P.Y., se apresenta de forma impetuosa e misteriosa. Os dois terão de se unir por uma bem maior, investigar um esquema que pretende acabar com tudo que a humanidade construiu. E tentar ainda se livrar do compromisso forçado antes que um acabe apaixonado pelo outro. O mangá terá algumas páginas lançadas toda quinta-feira até a conclusão de cada capítulo.

 

Kari disse em entrevista exclusiva concedida ao MAIS QI NERDS, que o mercado de quadrinhos nacional está crescendo. “Devagar, mas promissor. Muitos jovens artistas querem finalmente mostrar do que são feitos e tem buscado aparecer melhor na mídia, isso é um excelente sinal na minha opinião”. A artista comentou ainda sobre a participação de mulheres na área.

 

Confira a entrevista:

 

Como nasceu a ideia da criação mangá?

 

Sou apaixonada por ficção científica desde pequena. Gosto muito de romance e investigação também. Desde adolescente, escrevia histórias do estilo, mas foi em 96 que as primeiras ideias que dariam origem a S.P.Y. foram aparecendo. Em 99 lancei minha primeira revista independente. E desde então, o formato foi sendo adaptado e o universo foi tornando-se maior e complexo, até chegar ao que é hoje.

 

Conte sobre seu processo de criação

 

Faço pesquisas, muitas. Para a montagem do personagem, costumo analisar até traços astrológicos que suas datas de nascimento e hora tem a dizer. Pode parecer exagero, mas é isso que os torna mais humanos em suas qualidade e defeitos. Já para ambiente, faço muita pesquisa geográfica e política. São assuntos que me interessam bastante, por isso eu me dedico bastante a leitura e a escrita deles. A maior parte é manuscrita, para depois ser desenhada e finalmente transformada em arquivos digitais.

 

Como foi seu início nos quadrinhos?

 

Faço histórias em quadrinhos desde os meus 7 anos, mas oficialmente como artista independente eu comecei com 18/19 anos, com a publicação do meu primeiro fanzine, o The Rock. Desde então, eu criei HQs e participei de outros títulos, como o Mahou Shoujo Mangá e o Shoujo Mangá Hoshi.

 

O que acha sobre a atuação de mulheres no mundo dos quadrinhos? 

 

Tem aumentado bastante. A expressividade das mulheres tem tomado conta de grande parte do mercado, mesmo com preconceitos diversos que sofremos por estarmos inseridas num universo que antes era tão masculino. E  podemos ver que muitas artistas de projeção internacional são mulheres, como a Erica Awano, por exemplo. O que nos dá incentivo para pensar em crescimento e no público em si.

 

Quais suas referências nos quadrinhos?

 

Eu tenho muitas referências. Mas as que considero mais marcantes são Haruhiko Mikimoto (Macross), Michi Himeno (Saint Seiya anime), Kazushi Hagiwara (Bastard!!), Ai Yazawa (Nana) e Nobuhiro Watsuki (Rurouni Kenshin). Dos atuais, eu gosto muito da Matsuri Hino (Vampire Knight) e do Kyo Qjo (Trinity Blood). Mas esses apenas em mangá. Alguns desenhistas europeus também me chamam atenção, como Hergé (Tintin) e Alessandro Barbucci (W.I.T.C.H.).

 

Em que outros projetos vem trabalhando?

 

Eu estou cursando licenciatura em Artes Visuais no CEUNSP/Salto-SP, e na faculdade, além de estudar sobre todas as estruturas artísticas, participo de um grupo que no momento está elaborando o formato de um livro infantil. E projetos de fotografia (outra paixão).


#Quadrinhos   ; ; ; ; ;


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